A Alpargatas vai mudar de casa. Conforme o Valor apurou, a companhia assinou ontem, com a Bueno Netto, contrato de locação do edifício comercial Bueno Business Tower, de padrão triple A, na rua Cardoso de Melo, 1336, na Vila Olímpia, em São Paulo. Esta é a primeira locação do prédio. Alpargatas e Bueno Netto não comentaram o assunto.
O aluguel mensal do prédio gira em torno de R$ 1,2 milhão, se considerada a área privativa total de 8.493 metros quadrados e o valor de R$ 140 por metro quadrado. Esse foi o preço do metro quadrado coletado em agosto, junto ao locatário, pela empresa de pesquisa do mercado imobiliário corporativo Buildings Espaços Corporativos Online.
Conforme a Buildings, a faixa de preços de aluguel de prédios comerciais com lajes acima de 600 metros quadrados com disponibilidade na região da Vila Olímpia vai R$ 95 a R$ 150. Cada um dos 14 andares do Bueno Business Tower tem dois conjuntos de 303,33 metros quadrados.
A locação de um prédio comercial inteiro de padrão triple A na Vila Olímpia chama a atenção num momento em que há falta de produtos disponíveis com essas dimensões. Conforme a gerente de Pesquisa de Mercado para América do Sul da Cushman & Wakefield, Mariana Hanania, operações em que um locatário fecha a totalidade das áreas de um edifício na região não costumam ocorrer por falta de oferta.
"Haveria demanda para locações de edifícios inteiros nas principais regiões da cidade, e a Vila Olímpia é uma delas", diz a representante da Cushman. Na metodologia da consultoria, edifícios de alto e altíssimo padrão recebem a classificação A. No segundo trimestre, o preço médio pedido pelo metro quadrado de imóveis A na Vila Olímpia foi de R$ 107,3, 19,4% acima de um ano antes e 10,7% superior ao do primeiro trimestre.
A Jones Lang LaSalle monitora onze regiões da cidade de São Paulo, além de Alphaville, em Barueri, abrangendo edifícios de escritórios de alto padrão A e AA. Nesse mercado, a média dos preços de locação teve alta de 20,3% no segundo trimestre ante o mesmo intervalo de 2010, para R$ 89 por metro quadrado, conforme a gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Jones Lang, Lilian Feng. A Vila Olímpia teve a maior alta, de 37,7%, com o metro quadrado a R$ 106. Em média, o crescimento real (descontado o IGP-M) foi de 10,7% e, na Vila Olímpia, de 26,7%. A região tem uma das menores taxas de vacância, de 1,8%, ante a média de 7,7%.
Segundo fonte, a Alpargatas disputou a locação de áreas do Eco Berrini, edifício comercial de 47 mil metros quadrados e 39 andares, pertencente à Previ, que foi alugado pela Telefônica.
Fonte: Valor Econômico
Controladores da Rossi entram na briga pelo mercado de shoppings
Empresa criada por Edmundo Rossi, um dos fundadores da incorporadora, para atuar no mercado de imóveis se associa a executivos de shoppings e entra na disputa nesse setor; primeiro empreendimento será na cidade gaúcha de Rio Grande. O boom da indústria de shopping centers no Brasil tem impulsionado o surgimento de novas empresas no setor.
Em gestação desde o ano passado, o mais novo grupo do setor se apresentou ao mercado na semana passada, ao anunciar a construção de seu primeiro empreendimento na cidade portuária de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Uma de suas vantagens competitivas está no sobrenome. A 5R Shoppings Centers tem entre os sócios a família Rossi, controladora de uma das maiores incorporadoras do País. A 5R foi criada em 2009, quando a Rossi decidiu profissionalizar a gestão e afastar os familiares do dia a dia. Edmundo Rossi Cuppoloni, um dos sócios fundadores da incorporadora, criou a nova empresa com os três filhos para investir em imóveis geradores de renda, como escritórios e galpões logísticos.
Agora, quer entrar também na onda dos shoppings. “É um negócio que faz todo o sentido pra gente, porque incorporar e desenvolver projetos está no nosso DNA”, diz Paulo César Rossi Cuppoloni, filho de Edmundo e presidente do family office. O conhecimento que faltava para investir em shoppings os Rossi conseguiram se associando a executivos veteranos nesse mercado. Carlos Felipe Fulcher trabalhou por dez anos na Sonae Sierra, onde atuou como diretor geral do grupo na Grécia e participou do desenvolvimento de shoppings na Europa. Cesar Garbin, diretor de operações da multinacional no Brasil por 13 anos, deixou a Sonae na semana passada. O outro sócio é Felipe Rodrigues, herdeiro da família controladora do shopping Frei Caneca. Para atuar no setor, eles criaram uma joint venture com a holding 5R.
“Chegamos discretamente, com a meta de ficar até o fim deste ano entre os principais players do mercado”, disse Fulcher, presidente da joint venture. A empresa pretende desenvolver projetos em todo o País, em cidades médias e capitais. Em Rio Grande – município hoje com 197 mil habitantes -, a empresa prevê investimentos de R$ 120 milhões para a construção do shopping. “Já temos licença para iniciar as obras e pretendemos entregar o empreendimento em 2013″, diz o executivo. O primeiro grande centro comercial da cidade será construído no terreno do antigo Jockey Club, comprado pela empresa num leilão. Na área de 190 mil metros quadrados, também estão previstas, numa segunda etapa, a construção de torres comerciais e hotéis. Ao todo, a previsão de VGV (sigla para volume geral de vendas) do empreendimento é de R$ 1,1 bilhão.
O projeto é ambicioso mas não é o único do gênero na cidade. Recentemente, um consórcio formado pela Iochpe-Maxion, fabricante de autopeças, Cipasa, do fundo de private equity Prosperitas, e Partage, dos sócios do laboratório Aché, também anunciou um megaempreendimento em Rio Grande, que inclui shopping, hotel e um condomínio residencial. O projeto, no entanto, ainda não tem autorização da prefeitura para ser levado adiante, segundo informou o secretário de planejamento, Paulo Renato Cuchiara.
A disputa não é exclusividade do município mais antigo do Rio Grande do Sul. Dezenas de cidades médias no País estão sendo assediadas por empresas de shoppings. “Temos várias localidades com dois ou três interessados, mas é sabido que essas cidades só abrigam um empreendimento”, diz o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. Além do terreno em Rio Grande, a 5R tem ainda outras duas áreas na carteira, ambas em Minas Gerais. “Ao iniciarmos as obras nessas cidades até o fim do ano, teremos o mesmo número de empreendimentos em desenvolvimento de grandes competidores do setor, como Sonae e BR Malls”, afirma Cesar Garbin, que iniciou a carreira no Iguatemi.
Em gestação desde o ano passado, o mais novo grupo do setor se apresentou ao mercado na semana passada, ao anunciar a construção de seu primeiro empreendimento na cidade portuária de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Uma de suas vantagens competitivas está no sobrenome. A 5R Shoppings Centers tem entre os sócios a família Rossi, controladora de uma das maiores incorporadoras do País. A 5R foi criada em 2009, quando a Rossi decidiu profissionalizar a gestão e afastar os familiares do dia a dia. Edmundo Rossi Cuppoloni, um dos sócios fundadores da incorporadora, criou a nova empresa com os três filhos para investir em imóveis geradores de renda, como escritórios e galpões logísticos.
Agora, quer entrar também na onda dos shoppings. “É um negócio que faz todo o sentido pra gente, porque incorporar e desenvolver projetos está no nosso DNA”, diz Paulo César Rossi Cuppoloni, filho de Edmundo e presidente do family office. O conhecimento que faltava para investir em shoppings os Rossi conseguiram se associando a executivos veteranos nesse mercado. Carlos Felipe Fulcher trabalhou por dez anos na Sonae Sierra, onde atuou como diretor geral do grupo na Grécia e participou do desenvolvimento de shoppings na Europa. Cesar Garbin, diretor de operações da multinacional no Brasil por 13 anos, deixou a Sonae na semana passada. O outro sócio é Felipe Rodrigues, herdeiro da família controladora do shopping Frei Caneca. Para atuar no setor, eles criaram uma joint venture com a holding 5R.
“Chegamos discretamente, com a meta de ficar até o fim deste ano entre os principais players do mercado”, disse Fulcher, presidente da joint venture. A empresa pretende desenvolver projetos em todo o País, em cidades médias e capitais. Em Rio Grande – município hoje com 197 mil habitantes -, a empresa prevê investimentos de R$ 120 milhões para a construção do shopping. “Já temos licença para iniciar as obras e pretendemos entregar o empreendimento em 2013″, diz o executivo. O primeiro grande centro comercial da cidade será construído no terreno do antigo Jockey Club, comprado pela empresa num leilão. Na área de 190 mil metros quadrados, também estão previstas, numa segunda etapa, a construção de torres comerciais e hotéis. Ao todo, a previsão de VGV (sigla para volume geral de vendas) do empreendimento é de R$ 1,1 bilhão.
O projeto é ambicioso mas não é o único do gênero na cidade. Recentemente, um consórcio formado pela Iochpe-Maxion, fabricante de autopeças, Cipasa, do fundo de private equity Prosperitas, e Partage, dos sócios do laboratório Aché, também anunciou um megaempreendimento em Rio Grande, que inclui shopping, hotel e um condomínio residencial. O projeto, no entanto, ainda não tem autorização da prefeitura para ser levado adiante, segundo informou o secretário de planejamento, Paulo Renato Cuchiara.
A disputa não é exclusividade do município mais antigo do Rio Grande do Sul. Dezenas de cidades médias no País estão sendo assediadas por empresas de shoppings. “Temos várias localidades com dois ou três interessados, mas é sabido que essas cidades só abrigam um empreendimento”, diz o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. Além do terreno em Rio Grande, a 5R tem ainda outras duas áreas na carteira, ambas em Minas Gerais. “Ao iniciarmos as obras nessas cidades até o fim do ano, teremos o mesmo número de empreendimentos em desenvolvimento de grandes competidores do setor, como Sonae e BR Malls”, afirma Cesar Garbin, que iniciou a carreira no Iguatemi.
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