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A cidade de São Paulo está em obras

João Sandrini
Portal Exame.com

Quem investe em imóveis para locação não tem do que reclamar do ano de 2010. Apenas 2,3% das áreas disponíveis para aluguel em edifícios de alto padrão estão desocupadas, segundo consultoria realizada por uma das maiores do mundo na área imobiliária. Para que não houvesse pressão sobre os preços, seria necessário que cerca de 7% dos escritórios estivessem vazios. As empresas à procura de áreas para se instalar foram obrigadas a aceitar um reajuste médio de 17% nos valores de locação no ano passado (isso já descontada a inflação). O principal problema da cidade foi a falta de lançamentos. Apenas 25.500 metros quadrados de escritórios de alto padrão foram entregues em 2010 - contra uma absorção de 119.500 metros quadrados no período. Esse cenário tende a mudar radicalmente neste ano, quando devem ser colocados no mercado de locação cerca de 230.000 metros quadrados em imóveis corporativos de excelente nível na cidade de São Paulo. Em 2012 e 2013, está prevista uma nova enxurrada de entregas. "O novo inventário com previsão de entrega para os próximos três anos atenderá não só a demanda reprimida como também a necessidade de empresas de médio porte", diz a Colliers. Tanto que a consultoria prevê aumentos discretos no valor dos aluguéis neste ano e no próximo e estabilização a partir de 2013.