O Globo
26.10.2010
De olho na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, a rede francesa Accor está apostando no crescimento do turismo corporativo no Rio. O grupo acaba de fechar contratos para a construção de mais quatro hotéis na Barra da Tijuca. Os empreendimentos, de R$96,2 milhões, se somam a outros três projetos da rede anunciados este ano. No total, os sete projetos vão consumir R$172,5 milhões e acrescentar 1.318 quartos à rede hoteleira carioca, praticamente dobrando a oferta de apartamentos do grupo Accor na cidade. A previsão é que os sete hotéis sejam abertos até 2013.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), as iniciativas integram uma lista de 19 empreendimentos hoteleiros em andamento no Rio e que deverão ser concluídos até 2016, totalizando investimentos de R$1 bilhão.
Quatro projetos devem gerar 300 empregos
Dois dos quatro novos hotéis da Accor serão erguidos na Praia do Pepê, sob as bandeiras Ibis e Mercury. Os outros dois serão construídos na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, a cerca de 150 metros do Parque Olímpico, e terão as bandeiras Ibis e Novotel. A Accor estima que cerca de 300 pessoas sejam contratadas para os quatro projetos.
- Os hotéis perto do Parque Olímpico serão praticamente uma extensão do local de trabalho dos profissionais que virão ao Rio para as Olimpíadas - disse Abel Castro, diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Accor no Brasil.
Ele frisou que, além dos eventos esportivos, a migração de empresas para a Barra também é um fator decisivo para os investimentos da rede no bairro. Além desses empreendimentos, a Accor estuda investir em projetos na Zona Portuária, aproveitando incentivos fiscais que serão oferecidos pela prefeitura para estimular a ampliação da rede hoteleira na cidade. No caso dos hotéis da Barra, o grupo ainda está avaliando como se beneficiar dos incentivos.
Aprovado na quinta-feira pela Câmara, o pacote olímpico terá emendas propostas pelos vereadores vetadas pelo prefeito Eduardo Paes. A ideia é barrar as propostas que alteraram padrões urbanísticos de ruas internas próximas à orla da Barra da Tijuca para permitir a construção de hotéis. Já a emenda que liberou a Rua Maria Luiza Pitanga, na Barrinha, e a Presciliano da Silva, na Joatinga, para a construção de resorts ainda está em análise. Mas a tendência é manter as alterações, porque o gabarito original das áreas (três pavimentos, incluindo a cobertura) foi preservado.
- A tendência é também vetar a emenda que prorrogou até 2019 abatimentos de IPTU para o setor - disse Paes. - O benefício atual vale até dezembro de 2014 e nós concedemos novos incentivos tributários no pacote olímpico. Se houver necessidade de novos incentivos de IPTU depois de 2014, isso será discutido no futuro.
A proposta original da prefeitura era autorizar a construção de hotéis em alguns pontos da cidade (como ruas internas de Copacabana, a Autoestrada Lagoa-Barra, o Joá e o Alto da Boa Vista), mas respeitando os parâmetros urbanísticos. Isso não aconteceu em duas áreas próximas da Avenida Sernambetiba, onde o gabarito das ruas internas é de três pavimentos (com cobertura). A emenda aprovada permite hotéis de até 15 andares.
Em relação à emenda que autoriza a transformação em hotel de um prédio residencial, do Clube de Regatas do Flamengo, na Avenida Rui Barbosa (com perdão de dívidas tributárias), a tendência é por um veto parcial. O motivo é um dispositivo que permitiria uma nova mudança de uso do imóvel depois que fosse convertido em hotel.
Um dos endereços que tiveram o gabarito alterado na Barra por emendas é a Rua Martinho Mesquita, na lateral do Hotel Windsor. Nessa rua, os donos do hotel planejam erguer um anexo com 300 apartamentos. A área hoje é residencial, com casas de até dois andares.
A outra região atingida é um quarteirão inteiro nas imediações do Posto 7, que inclui as ruas Lourenço Filho, Marcelo Roberto e Levy Carneiro, onde existem quatro terrenos vazios e duas casas fechadas.
Na Barrinha, há pelo menos um terreno à venda na Rua Maria Luiza Pitanga. O advogado Paulo Arinos da Silva, de 40 anos, comprou a área em maio de 2005 por R$250 mil pensando em construir em um hotel. Mas, como a lei não permitia, aplicou o dinheiro na construção de prédios para aluguel na Favela da Tijuquinha:
- Antes do pacote olímpico, eu pedia R$380 mil pelo terreno. Mas, se essa área puder ter mesmo resorts, não faço negócio por menos que o dobro (R$760 mil)
JP Morgan compra controle da Gávea Investimentos
AE - Agencia Estado
26.10.2010
O banco americano JP Morgan deve anunciar hoje a compra do controle da Gávea Investimentos, a empresa de gestão de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O JP Morgan está comprando 55% da Gávea - que será integrada à Highbridge, empresa de investimentos do banco americano. Pelo acordo, a fatia do JP Morgan na gestora brasileira ainda poderá aumentar ao longo do tempo.
Armínio continuará à frente da nova empresa e também fará parte do conselho de administração e da direção da Highbridge, que administra US$ 21 bilhões em ativos e tem sede em Nova York. Pelo acordo com os americanos, o ex-presidente do BC precisará permanecer na empresa durante os próximos cinco anos, pelo menos.
Procurado, Armínio Fraga não se pronunciou sobre a operação. Com um patrimônio de R$ 10 bilhões sob gestão e mais de 100 funcionários nos escritórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Gávea atua em três áreas: fundos de hedge, gestão de patrimônio e private equity (compra de participação em empresas). O JP Morgan, por sua vez, comprou uma participação na Highbridge no fim de 2004 e adquiriu o restante das ações no ano passado, consolidando sua posição na indústria mundial de fundos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
26.10.2010
O banco americano JP Morgan deve anunciar hoje a compra do controle da Gávea Investimentos, a empresa de gestão de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O JP Morgan está comprando 55% da Gávea - que será integrada à Highbridge, empresa de investimentos do banco americano. Pelo acordo, a fatia do JP Morgan na gestora brasileira ainda poderá aumentar ao longo do tempo.
Armínio continuará à frente da nova empresa e também fará parte do conselho de administração e da direção da Highbridge, que administra US$ 21 bilhões em ativos e tem sede em Nova York. Pelo acordo com os americanos, o ex-presidente do BC precisará permanecer na empresa durante os próximos cinco anos, pelo menos.
Procurado, Armínio Fraga não se pronunciou sobre a operação. Com um patrimônio de R$ 10 bilhões sob gestão e mais de 100 funcionários nos escritórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Gávea atua em três áreas: fundos de hedge, gestão de patrimônio e private equity (compra de participação em empresas). O JP Morgan, por sua vez, comprou uma participação na Highbridge no fim de 2004 e adquiriu o restante das ações no ano passado, consolidando sua posição na indústria mundial de fundos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Kinea, do Itaú, capta R$ 260 milhões em fundo imobiliário
O Estado de São Paulo
26.10.2010
O Kinea, braço de investimentos do Itaú, encerrou nesta semana a captação de um fundo imobiliário de R$ 260 milhões para investimentos em edifícios de escritórios e centros de logística. Trata-se do primeiro fundo lastreado em aluguéis - a instituição mantinha opção de investimento em incorporação residencial, com capital de R$ 150 milhões.
Mesmo antes do fim da captação, R$ 170 milhões foram aplicados na compra de dois edifícios no Centro do Rio de Janeiro. Os dois prédios têm como clientes a Caixa e Banco do Brasil, embora hoje sejam ocupados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
De acordo o responsável pela área imobiliária do Kinea, Carlos Martins, a intenção inicial era levantar R$ 350 milhões, mas o valor diminuiu porque as negociações de um imóvel que o fundo tinha em vista não foram adiante. O executivo diz que o objetivo é investir os R$ 90 milhões restantes em São Paulo, em regiões como Faria Lima, Vila Olímpia ou Avenida Paulista.
O investimento se justifica pela baixa taxa de vacância de áreas de escritórios em São Paulo e no Rio. Segundo a consultoria Jones Lang LaSalle, o equilíbrio do mercado é de 15% de áreas disponíveis - porém, na Vila Olímpia, os espaços vagos somam 3,4%. "O mercado está do lado do locador", diz Mariana Hanania, da Cushman & Wakefield.
Martins diz que o Kinea prioriza o item localização na hora de escolher seus imóveis. Como a intenção é comprar edifícios inteiros, a chance de que o fundo venha a atuar em prédios "AAA"é pequena: neste segmento, o valor de um empreendimento pode passar de R$ 1 bilhão. "Procuramos imóveis bem localizados, com os itens básicos para as empresas", diz Martins.
A entrada do banco de investimento do Itaú neste mercado não é casual. O patrimônio líquido dos fundos imobiliários teve forte crescimento este ano, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somando R$ 7 bilhões ao fim de setembro. No fim de 2009, o valor estava em R$ 5,1 bilhões.
Segundo o consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho, o BTG Pactual tem sido particularmente agressivo no setor: além de recentemente ter ajudado no desembolso de R$ 680 milhões por uma das torres do Ventura Corporate Tower, no Rio, o banco tem cinco fundos imobiliários de R$ 1 bilhão em análise pela CVM.
O consultor afirma que a expansão do setor está relacionada à entrada dos clientes pessoa física no segmento - fruto direto da mudança na legislação que isentou o investimento de imposto de renda. "Bancos como Bradesco e Itaú ainda vão oferecer os fundos nas agências. É uma operação muito fácil de explicar."
Para captar R$ 260 milhões, o Kinea recorreu a correntistas do Itaú Personnalité - foram 2,7 mil, que aplicaram um mínimo de R$ 30 mil. Martins, do Kinea, diz que o fundo é perpétuo e a intenção é expandir a captação: "Vamos pulverizar o risco."
26.10.2010
O Kinea, braço de investimentos do Itaú, encerrou nesta semana a captação de um fundo imobiliário de R$ 260 milhões para investimentos em edifícios de escritórios e centros de logística. Trata-se do primeiro fundo lastreado em aluguéis - a instituição mantinha opção de investimento em incorporação residencial, com capital de R$ 150 milhões.
Mesmo antes do fim da captação, R$ 170 milhões foram aplicados na compra de dois edifícios no Centro do Rio de Janeiro. Os dois prédios têm como clientes a Caixa e Banco do Brasil, embora hoje sejam ocupados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
De acordo o responsável pela área imobiliária do Kinea, Carlos Martins, a intenção inicial era levantar R$ 350 milhões, mas o valor diminuiu porque as negociações de um imóvel que o fundo tinha em vista não foram adiante. O executivo diz que o objetivo é investir os R$ 90 milhões restantes em São Paulo, em regiões como Faria Lima, Vila Olímpia ou Avenida Paulista.
O investimento se justifica pela baixa taxa de vacância de áreas de escritórios em São Paulo e no Rio. Segundo a consultoria Jones Lang LaSalle, o equilíbrio do mercado é de 15% de áreas disponíveis - porém, na Vila Olímpia, os espaços vagos somam 3,4%. "O mercado está do lado do locador", diz Mariana Hanania, da Cushman & Wakefield.
Martins diz que o Kinea prioriza o item localização na hora de escolher seus imóveis. Como a intenção é comprar edifícios inteiros, a chance de que o fundo venha a atuar em prédios "AAA"é pequena: neste segmento, o valor de um empreendimento pode passar de R$ 1 bilhão. "Procuramos imóveis bem localizados, com os itens básicos para as empresas", diz Martins.
A entrada do banco de investimento do Itaú neste mercado não é casual. O patrimônio líquido dos fundos imobiliários teve forte crescimento este ano, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somando R$ 7 bilhões ao fim de setembro. No fim de 2009, o valor estava em R$ 5,1 bilhões.
Segundo o consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho, o BTG Pactual tem sido particularmente agressivo no setor: além de recentemente ter ajudado no desembolso de R$ 680 milhões por uma das torres do Ventura Corporate Tower, no Rio, o banco tem cinco fundos imobiliários de R$ 1 bilhão em análise pela CVM.
O consultor afirma que a expansão do setor está relacionada à entrada dos clientes pessoa física no segmento - fruto direto da mudança na legislação que isentou o investimento de imposto de renda. "Bancos como Bradesco e Itaú ainda vão oferecer os fundos nas agências. É uma operação muito fácil de explicar."
Para captar R$ 260 milhões, o Kinea recorreu a correntistas do Itaú Personnalité - foram 2,7 mil, que aplicaram um mínimo de R$ 30 mil. Martins, do Kinea, diz que o fundo é perpétuo e a intenção é expandir a captação: "Vamos pulverizar o risco."
Onde investe um dos maiores fundos imobiliários do país
João Sandrini
26.10.2010
Centro de distribuição da Prosperitas em Campinas: área de logística vai receber mais investimento
Com cerca de 3 bilhões de reais sob gestão e 1,1 milhão de metros quadrados em áreas imobiliárias para locação, a Prosperitas é um dos maiores fundos de investimento em imóveis do Brasil. O primeiro fundo da empresa foi lançado em 2003 e, desde então, deu um retorno de cerca de 25% ao ano. Resultados como esse, bem superiores à média do segmento imobiliário, fizeram com que a empresa passasse a ser procurada por investidores estrangeiros. Neste mês, a Prosperitas lançou oficialmente seu terceiro fundo, que captou 1 bilhão de reais.
Em entrevista a EXAME.com, Luciano Lewandowski, sócio da Prosperitas, diz que a estratégia para montar um portfólio de investimentos em um momento de boom imobiliário e preços salgados é construir ela mesma os imóveis que farão parte do fundo. "É difícil investir nos imóveis já construídos porque o dono do terreno já ganhou muito, o construtor já ganhou muito e o incorporador quer ganhar muito. O que a gente sempre se pergunta é se ainda haveria espaço para o investidor ganhar muito. Na maioria dos casos, nós achamos bem arriscado." Para quem também acha que os preços estão na estratosfera, fica a dica de sondar a viabilidade de construção de um imóvel em determinada região.
Lewandowski também acha que o momento é ruim para investir em torres de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo e que o programa Minha Casa, Minha Vida entregará muito menos do que promete. A Prosperitas planeja direcionar até 90% dos recursos do novo fundo para loteamentos para a construção de casas, shopping centers principalmente no Norte e no Nordeste e centros de distribuição e galpões industriais. Na entrevista abaixo, ele explica as estratégias:
EXAME.com - O mercado imobiliário brasileiro passou por um boom nos últimos anos. Como as pessoas físicas podem tentar lucrar com imóveis?
Luciano Lewandowski - Culturalmente o brasileiro tende a investir em renda fixa por causa dos juros altos. Mesmo no mercado imobiliário, o investidor prefere imóveis reais. A própria Prosperitas não investe em papéis imobiliários lastreados em receitas de aluguéis ou que possam se valorizar com o bom momento do mercado imobiliário. Mas acho que, para as pessoas físicas, aplicar em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e fundos imobiliários pode ser bem interessante. Eu mesmo, como pessoa física, já ganhei algum dinheiro com CRIs. O segredo é selecionar muito bem os projetos ou os gestores. Tem pouca gente que sabe trabalhar com fundos imobiliários no Brasil. Eu gosto da Brazilian Finance & Real State e do Credit Suisse Hedging-Griffo. Acho que eles têm um histórico bom de projetos e sabem ganhar dinheiro com isso. O problema é que, com o crescimento desse mercado, vão aparecer muitos gestores de fundos imobiliários com pouca experiência. A pessoa física também deve pensar que não é tão fácil vender seus papéis imobiliários quanto sair de um investimento em títulos públicos e vender ações. Mesmo os fundos imobiliários com quotas negociadas em bolsa só são uma boa opção hoje para quem deseja comprar volumes pequenos de quotas. Ninguém consegue vender uma posição de 50 milhões de reais em um fundo imobiliário rapidamente. Mas os fundos também têm características interessantes. A possibilidade de retorno mais alto que a renda fixa e a isenção de IR para pessoas físicas são algumas delas.
26.10.2010
Centro de distribuição da Prosperitas em Campinas: área de logística vai receber mais investimento
Com cerca de 3 bilhões de reais sob gestão e 1,1 milhão de metros quadrados em áreas imobiliárias para locação, a Prosperitas é um dos maiores fundos de investimento em imóveis do Brasil. O primeiro fundo da empresa foi lançado em 2003 e, desde então, deu um retorno de cerca de 25% ao ano. Resultados como esse, bem superiores à média do segmento imobiliário, fizeram com que a empresa passasse a ser procurada por investidores estrangeiros. Neste mês, a Prosperitas lançou oficialmente seu terceiro fundo, que captou 1 bilhão de reais.
Em entrevista a EXAME.com, Luciano Lewandowski, sócio da Prosperitas, diz que a estratégia para montar um portfólio de investimentos em um momento de boom imobiliário e preços salgados é construir ela mesma os imóveis que farão parte do fundo. "É difícil investir nos imóveis já construídos porque o dono do terreno já ganhou muito, o construtor já ganhou muito e o incorporador quer ganhar muito. O que a gente sempre se pergunta é se ainda haveria espaço para o investidor ganhar muito. Na maioria dos casos, nós achamos bem arriscado." Para quem também acha que os preços estão na estratosfera, fica a dica de sondar a viabilidade de construção de um imóvel em determinada região.
Lewandowski também acha que o momento é ruim para investir em torres de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo e que o programa Minha Casa, Minha Vida entregará muito menos do que promete. A Prosperitas planeja direcionar até 90% dos recursos do novo fundo para loteamentos para a construção de casas, shopping centers principalmente no Norte e no Nordeste e centros de distribuição e galpões industriais. Na entrevista abaixo, ele explica as estratégias:
EXAME.com - O mercado imobiliário brasileiro passou por um boom nos últimos anos. Como as pessoas físicas podem tentar lucrar com imóveis?
Luciano Lewandowski - Culturalmente o brasileiro tende a investir em renda fixa por causa dos juros altos. Mesmo no mercado imobiliário, o investidor prefere imóveis reais. A própria Prosperitas não investe em papéis imobiliários lastreados em receitas de aluguéis ou que possam se valorizar com o bom momento do mercado imobiliário. Mas acho que, para as pessoas físicas, aplicar em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e fundos imobiliários pode ser bem interessante. Eu mesmo, como pessoa física, já ganhei algum dinheiro com CRIs. O segredo é selecionar muito bem os projetos ou os gestores. Tem pouca gente que sabe trabalhar com fundos imobiliários no Brasil. Eu gosto da Brazilian Finance & Real State e do Credit Suisse Hedging-Griffo. Acho que eles têm um histórico bom de projetos e sabem ganhar dinheiro com isso. O problema é que, com o crescimento desse mercado, vão aparecer muitos gestores de fundos imobiliários com pouca experiência. A pessoa física também deve pensar que não é tão fácil vender seus papéis imobiliários quanto sair de um investimento em títulos públicos e vender ações. Mesmo os fundos imobiliários com quotas negociadas em bolsa só são uma boa opção hoje para quem deseja comprar volumes pequenos de quotas. Ninguém consegue vender uma posição de 50 milhões de reais em um fundo imobiliário rapidamente. Mas os fundos também têm características interessantes. A possibilidade de retorno mais alto que a renda fixa e a isenção de IR para pessoas físicas são algumas delas.
Flat na Baixada
O Globo
01.10.2010
A Rossi lança este mês empreendimento residencial com serviços no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Com valor geral de vendas de R$ 40 milhões, o Rossi Diamond Flat terá 23 lojas e 179 apartamentos em uma torre de 15 andares. As unidades terão preços a partir de R$ 125 mil.
01.10.2010
A Rossi lança este mês empreendimento residencial com serviços no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Com valor geral de vendas de R$ 40 milhões, o Rossi Diamond Flat terá 23 lojas e 179 apartamentos em uma torre de 15 andares. As unidades terão preços a partir de R$ 125 mil.
Candidatos a governador preferem aplicar em imóveis
Valor
01.10.2010
Quando o assunto é investimentos, o político brasileiro é, quase sempre, um conservador, seja qual for seu partido. O Valor pesquisou o patrimônio dos favoritos para as eleições para governador de todos os Estados. A constatação é de que, apesar do grande avanço do sistema financeiro e das alternativas de investimento do Plano Real para cá, os candidatos ainda preferem os imóveis.
Entre casas, apartamentos, lotes urbanos e áreas rurais, os candidatos possuem, juntos, R$ 40,46 milhões em propriedades, considerando o valor das escrituras. Dez dos postulantes aos governos estaduais possuem mais de R$ 1 milhão em imóveis. Os campeões são Teotônio Vilela Filho (PSDB), candidato ao governo de Alagoas, com propriedades que somam R$ 3,56 milhões, e Roseana Sarney (PMDB), com R$ 3,308 milhões.
Enquanto 50 candidatos aplicam em imóveis (já que têm mais de um imóvel residencial), apenas cinco investem em ações. Mauro Mendes (PSB), que quer ser governador do Mato Grosso, tem R$ 1,481 milhão na bolsa. Concentrada em ações da BM&FBovespa, a carteira do candidato conta também com papéis do Banco do Brasil e da Vale. Mas Mendes está longe de ser um investidor arrojado. O investimento em ações representa cerca de 5,4% de seu patrimônio, que soma R$ 27,5 milhões (sem incluir quotas de empresas das quais o candidato é sócio).
Depois de Mendes, quem mais tem ações é Beto Richa (PSDB), candidato ao governo do Paraná. São R$ 782,8 mil em uma carteira que conta com 8,9 mil ações da Vale, 7 mil da Petrobras, 2,5 mil do Banco do Brasil e mil da CSN. Também aplicam diretamente em ações Jacques Wagner, do PT, (R$ 105 mil), candidato na Bahia, Lúcio Alcântara (PSDB), do Ceará (R$ 10 mil), e Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo (R$ 18,727 mil).
Apenas oito candidatos têm plano de previdência privada. Juntos, eles aplicam R$ 1,98 milhão em planos do tipo VGBL. Mais uma vez, o destaque é Mauro Mendes, do Mato Grosso, que possui um plano no valor de R$ 763,9 mil.
Dezenove candidatos aplicam em fundos de investimento. São ao todo R$ 7,27 milhões, mais de 90% na renda fixa. A exceção é Beto Richa, do Paraná, que tem metade do R$ 1,27 milhão aplicado em fundos em uma carteira de renda variável. As aplicações dos candidatos na poupança atingem, juntas, R$ 2,04 milhões. José Maranhão (PMDB), candidato ao governo da Paraíba, possui R$ 1,516 milhão na modalidade.
Entre os aspirantes a governador, nove deixam dinheiro "embaixo do colchão". É o caso, por exemplo, do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que tem R$ 35 mil em dinheiro vivo.
01.10.2010
Quando o assunto é investimentos, o político brasileiro é, quase sempre, um conservador, seja qual for seu partido. O Valor pesquisou o patrimônio dos favoritos para as eleições para governador de todos os Estados. A constatação é de que, apesar do grande avanço do sistema financeiro e das alternativas de investimento do Plano Real para cá, os candidatos ainda preferem os imóveis.
Entre casas, apartamentos, lotes urbanos e áreas rurais, os candidatos possuem, juntos, R$ 40,46 milhões em propriedades, considerando o valor das escrituras. Dez dos postulantes aos governos estaduais possuem mais de R$ 1 milhão em imóveis. Os campeões são Teotônio Vilela Filho (PSDB), candidato ao governo de Alagoas, com propriedades que somam R$ 3,56 milhões, e Roseana Sarney (PMDB), com R$ 3,308 milhões.
Enquanto 50 candidatos aplicam em imóveis (já que têm mais de um imóvel residencial), apenas cinco investem em ações. Mauro Mendes (PSB), que quer ser governador do Mato Grosso, tem R$ 1,481 milhão na bolsa. Concentrada em ações da BM&FBovespa, a carteira do candidato conta também com papéis do Banco do Brasil e da Vale. Mas Mendes está longe de ser um investidor arrojado. O investimento em ações representa cerca de 5,4% de seu patrimônio, que soma R$ 27,5 milhões (sem incluir quotas de empresas das quais o candidato é sócio).
Depois de Mendes, quem mais tem ações é Beto Richa (PSDB), candidato ao governo do Paraná. São R$ 782,8 mil em uma carteira que conta com 8,9 mil ações da Vale, 7 mil da Petrobras, 2,5 mil do Banco do Brasil e mil da CSN. Também aplicam diretamente em ações Jacques Wagner, do PT, (R$ 105 mil), candidato na Bahia, Lúcio Alcântara (PSDB), do Ceará (R$ 10 mil), e Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo (R$ 18,727 mil).
Apenas oito candidatos têm plano de previdência privada. Juntos, eles aplicam R$ 1,98 milhão em planos do tipo VGBL. Mais uma vez, o destaque é Mauro Mendes, do Mato Grosso, que possui um plano no valor de R$ 763,9 mil.
Dezenove candidatos aplicam em fundos de investimento. São ao todo R$ 7,27 milhões, mais de 90% na renda fixa. A exceção é Beto Richa, do Paraná, que tem metade do R$ 1,27 milhão aplicado em fundos em uma carteira de renda variável. As aplicações dos candidatos na poupança atingem, juntas, R$ 2,04 milhões. José Maranhão (PMDB), candidato ao governo da Paraíba, possui R$ 1,516 milhão na modalidade.
Entre os aspirantes a governador, nove deixam dinheiro "embaixo do colchão". É o caso, por exemplo, do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que tem R$ 35 mil em dinheiro vivo.
Camargo investirá R$ 3,6 bilhões no país
Valor
01.10.2010
Para ganhar mais espaço e acompanhar a expansão do consumo de cimento no mercado brasileiro, que cresce a taxas anuais de dois dígitos, o grupo Camargo Corrêa definiu investimentos de R$ 3,6 bilhões de 2011 até 2016 em expansões e construção de novas fábricas. Esse montante faz parte do pacote de R$ 14 bilhões anunciado recentemente pelo grupo, que inclui a aquisição de 33% do capital da portuguesa Cimpor feita em fevereiro deste ano por R$ 3,5 bilhões. A outra metade contempla a ampliação da controlada Loma Negra, na Argentina, e a entrada nos mercados de Angola, Moçambique e de outros países da América do Sul.
No Brasil, o plano de expansão eleva em 75% o tamanho da controlada Camargo Corrêa Cimentos no período sobre o volume atual de 8 milhões de toneladas. Humberto Junqueira de Farias, presidente das operações da CCC no país, diz que a visão do grupo é de o consumo brasileiro, ainda um dos mais baixos do mundo, terá crescimento sustentável pelo menos até 2015. "Há muita obra de infraestrutura a ser realizada no país, demanda por obras industriais e comerciais e continuidade da demanda por moradias".
A empresa encerrou 2009 com participação de 10% do mercado brasileiro, em terceiro lugar no ranking nacional. A meta é ir além de 15% daqui a cinco anos, para quando projeta consumo de 81 milhões de toneladas no Brasil. Para este ano, a previsão é vender 6 milhões de toneladas, ante consumo doméstico de 64 milhões de toneladas.
Com esse programa de investimento, a CCC pretende entrar de vez nos mercados do Nordeste - a região do país onde o consumo de cimento mais cresce - e do Norte. Está prevista uma grande fábrica em cada região. Cada unidade industrial será integrada - desde a extração de calcário, principal matéria-prima do cimento. "Temos jazidas do minério em vários Estados nas duas regiões e algumas delas já se encontram na fase de licenciamento ambiental. O próximo passo é fechar as negociações com os governos estaduais para definir os locais de instalação de cada um dos empreendimentos", afirma Farias.
Cada instalação desse tipo geralmente é desenhada para produzir pelo menos 1 milhão de toneladas e requer investimento de no mínimo US$ 250 milhões, informa o executivo, que no grupo já cuidou de negócios na área ambiental e por dois anos ficou à frente da Loma Negra, depois de adquirida em setembro de 2005. "Uma fábrica como essa leva no mínimo três anos para ficar pronta e o licenciamento ambiental pode demorar mais de um ano ano, dependendo do caso. É um dos pontos mais complicados nos projetos", diz.
Atualmente, a CCC tem apenas uma pequena moagem, de 300 mil toneladas, no Nordeste. Está instalada ao lado do porto de Suape, em Pernambuco, e foi adquirida em 2008. "Com a nova fábrica na região, vamos poder ampliar bem essa moagem, que hoje opera com insumos (clínquer e escória) importados", diz, destacando que ter uma base produtiva na região está dentro da estratégia de crescimento do grupo.
No Norte, onde não tem nada e onde quem reina são os grupos Votorantim e João Santos, a empresa vislumbra grandes oportunidades. "Podemos começar com uma fábrica para atender a demanda da obra da hidrelétrica de Belo Monte (no Pará) e outras seis usinas que estão previstas para serem instaladas lá".
As operações da CCC - que está atrás da Votorantim, líder, e do grupo João Santos no ranking nacional - estão concentradas na região Sudeste, principalmente em Minas Gerais - Pedro Leopoldo, Ijaci e Santana do Paraíso. No Sul, que é suprido pela fábrica de Apiaí, localizada no sul do Estado de São Paulo, também não tem unidades industriais.
O primeiro passo desse programa de investimento, informa Farias, vai ocorrer daqui a um ano. A empresa pretende pôr em operação uma moagem de 800 mil toneladas em Cubatão (SP), próximo da siderúrgica da antiga Cosipa (hoje Usiminas) entre o terceiro e o quarto trimestre de 2011.
No ano seguinte, a CCC planeja iniciar a duplicação da fábrica de Ijaci, no Sul de Minas. "Vamos começar com uma instalação de moagem de cimento, fazendo o processo de trás para a frente", explica. Depois, o plano prevê a instalação de um grande forno para fabricar o clínquer, a matéria-prima intermediária do cimento a partir do calcário. Ao final, por volta de 2014, a capacidade de Ijaci passará de 2 milhões para 4,4 milhões de toneladas por ano.
Segundo Farias, essa fábrica, ampliada, vai poder atender mais o mercado paulista, liberando a de Apiaí, duplicada no ano passado, para atender o Sul. "Hoje, limitados, entramos pouco além do norte do Paraná. Com mais produto e usando mais a logística ferroviária, que traz vantagem no custo do frete, queremos avançar no Sul".
Para o Centro-Oeste, outra fronteira de expansão econômica que tem puxado o consumo de cimento, o plano pode contemplar nova linha na fábrica de Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, o que praticamente dobraria a capacidade atual de 700 mil toneladas. "Em janeiro, com uma pequena expansão, já vamos adicionar 100 mil toneladas". No Porto Açú, do grupo EBX, no Rio, está certo que se houver uma siderúrgica, que geraria escória, a CCC montará uma fábrica de 800 mil a 1 milhão de toneladas.
O negócio de cimento, no ano passado, respondeu por 14,1% da receita líquida de R$ 16,2 bilhões do grupo Camargo Corrêa. No Brasil e Argentina, foram produzidas e vendidas 10,2 milhões de toneladas de cimento.
01.10.2010
Para ganhar mais espaço e acompanhar a expansão do consumo de cimento no mercado brasileiro, que cresce a taxas anuais de dois dígitos, o grupo Camargo Corrêa definiu investimentos de R$ 3,6 bilhões de 2011 até 2016 em expansões e construção de novas fábricas. Esse montante faz parte do pacote de R$ 14 bilhões anunciado recentemente pelo grupo, que inclui a aquisição de 33% do capital da portuguesa Cimpor feita em fevereiro deste ano por R$ 3,5 bilhões. A outra metade contempla a ampliação da controlada Loma Negra, na Argentina, e a entrada nos mercados de Angola, Moçambique e de outros países da América do Sul.
No Brasil, o plano de expansão eleva em 75% o tamanho da controlada Camargo Corrêa Cimentos no período sobre o volume atual de 8 milhões de toneladas. Humberto Junqueira de Farias, presidente das operações da CCC no país, diz que a visão do grupo é de o consumo brasileiro, ainda um dos mais baixos do mundo, terá crescimento sustentável pelo menos até 2015. "Há muita obra de infraestrutura a ser realizada no país, demanda por obras industriais e comerciais e continuidade da demanda por moradias".
A empresa encerrou 2009 com participação de 10% do mercado brasileiro, em terceiro lugar no ranking nacional. A meta é ir além de 15% daqui a cinco anos, para quando projeta consumo de 81 milhões de toneladas no Brasil. Para este ano, a previsão é vender 6 milhões de toneladas, ante consumo doméstico de 64 milhões de toneladas.
Com esse programa de investimento, a CCC pretende entrar de vez nos mercados do Nordeste - a região do país onde o consumo de cimento mais cresce - e do Norte. Está prevista uma grande fábrica em cada região. Cada unidade industrial será integrada - desde a extração de calcário, principal matéria-prima do cimento. "Temos jazidas do minério em vários Estados nas duas regiões e algumas delas já se encontram na fase de licenciamento ambiental. O próximo passo é fechar as negociações com os governos estaduais para definir os locais de instalação de cada um dos empreendimentos", afirma Farias.
Cada instalação desse tipo geralmente é desenhada para produzir pelo menos 1 milhão de toneladas e requer investimento de no mínimo US$ 250 milhões, informa o executivo, que no grupo já cuidou de negócios na área ambiental e por dois anos ficou à frente da Loma Negra, depois de adquirida em setembro de 2005. "Uma fábrica como essa leva no mínimo três anos para ficar pronta e o licenciamento ambiental pode demorar mais de um ano ano, dependendo do caso. É um dos pontos mais complicados nos projetos", diz.
Atualmente, a CCC tem apenas uma pequena moagem, de 300 mil toneladas, no Nordeste. Está instalada ao lado do porto de Suape, em Pernambuco, e foi adquirida em 2008. "Com a nova fábrica na região, vamos poder ampliar bem essa moagem, que hoje opera com insumos (clínquer e escória) importados", diz, destacando que ter uma base produtiva na região está dentro da estratégia de crescimento do grupo.
No Norte, onde não tem nada e onde quem reina são os grupos Votorantim e João Santos, a empresa vislumbra grandes oportunidades. "Podemos começar com uma fábrica para atender a demanda da obra da hidrelétrica de Belo Monte (no Pará) e outras seis usinas que estão previstas para serem instaladas lá".
As operações da CCC - que está atrás da Votorantim, líder, e do grupo João Santos no ranking nacional - estão concentradas na região Sudeste, principalmente em Minas Gerais - Pedro Leopoldo, Ijaci e Santana do Paraíso. No Sul, que é suprido pela fábrica de Apiaí, localizada no sul do Estado de São Paulo, também não tem unidades industriais.
O primeiro passo desse programa de investimento, informa Farias, vai ocorrer daqui a um ano. A empresa pretende pôr em operação uma moagem de 800 mil toneladas em Cubatão (SP), próximo da siderúrgica da antiga Cosipa (hoje Usiminas) entre o terceiro e o quarto trimestre de 2011.
No ano seguinte, a CCC planeja iniciar a duplicação da fábrica de Ijaci, no Sul de Minas. "Vamos começar com uma instalação de moagem de cimento, fazendo o processo de trás para a frente", explica. Depois, o plano prevê a instalação de um grande forno para fabricar o clínquer, a matéria-prima intermediária do cimento a partir do calcário. Ao final, por volta de 2014, a capacidade de Ijaci passará de 2 milhões para 4,4 milhões de toneladas por ano.
Segundo Farias, essa fábrica, ampliada, vai poder atender mais o mercado paulista, liberando a de Apiaí, duplicada no ano passado, para atender o Sul. "Hoje, limitados, entramos pouco além do norte do Paraná. Com mais produto e usando mais a logística ferroviária, que traz vantagem no custo do frete, queremos avançar no Sul".
Para o Centro-Oeste, outra fronteira de expansão econômica que tem puxado o consumo de cimento, o plano pode contemplar nova linha na fábrica de Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, o que praticamente dobraria a capacidade atual de 700 mil toneladas. "Em janeiro, com uma pequena expansão, já vamos adicionar 100 mil toneladas". No Porto Açú, do grupo EBX, no Rio, está certo que se houver uma siderúrgica, que geraria escória, a CCC montará uma fábrica de 800 mil a 1 milhão de toneladas.
O negócio de cimento, no ano passado, respondeu por 14,1% da receita líquida de R$ 16,2 bilhões do grupo Camargo Corrêa. No Brasil e Argentina, foram produzidas e vendidas 10,2 milhões de toneladas de cimento.
A explosão do mercado imobiliário
Roseli Hernandes
04.10.2010
Nos últimos dois anos, o aquecimento da economia, o aumento do poder aquisitivo da população, a ascensão da classe C, a redução das taxas de juros e o expressivo aumento da oferta de crédito criaram um cenário extremamente favorável para o mercado de imóveis. Em São Paulo, bem como nos municípios em seu entorno, a expansão da malha viária e da rede de transportes metropolitana, com a inauguração do trecho sul do Rodoanel e de novas estações de trem e de metrô permitiram uma grande valorização de boa parte dos imóveis residenciais e comerciais.
O aumento da demanda trouxe um boom de lançamentos e, especialmente no último ano, maior quantidade de imóveis usados colocados à venda, seja porque seus proprietários desejaram realizar imediatamente o lucro pela valorização ou porque, em outros casos, decidiram mudar para apartamentos ou casas maiores ou mais bem localizadas. O fato é que o mercado paulistano nunca esteve tão movimentado, com inúmeras possibilidades para quem deseja comprar para morar, revender ou alugar. O setor está mais do que nunca atraente, mas é preciso prudência e análise para que se possa fazer o melhor negócio.
Com tantas ofertas e opções, é natural que muitos tenham dúvida de em qual ficha apostar. E, regra geral, há uma percepção generalizada de que, para morar ou investir, a melhor opção são os lançamentos imobiliários ou empreendimentos residenciais em construção. Muita calma nessa hora.
Há inúmeras ofertas interessantes em lançamentos residenciais. E vantagens: o comprador receberá um imóvel totalmente sem uso, moderno e com áreas de lazer mais sofisticadas, como fitness e varanda gourmet, dentre outros. Além disso, terá facilidade no retorno, e ganho expressivo se desejar revender a unidade próximo à data de entrega das chaves.
Mas há uma impressão equivocada de que o lançamento imobiliário é mais barato do que o imóvel usado. Proporcionalmente, na comparação do valor por metro quadrado, o preço de um imóvel pronto, usado, é de 20% a 30% menor do que o dos que estão em construção.
A maior disponibilidade de financiamento bancário, que hoje já responde por mais de 40% das vendas realizadas, contra 20% há três anos, e a possibilidade de desconto dos proprietários para agilizar o fechamento do negócio tornam atraente a compra de usados.
Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente no ato para os compradores, tão logo seja finalizada a transação financeira, sem necessidade de se aguardar por dois ou três anos até a entrega da unidade, que ainda terá de ser mobiliada e decorada, e muitas vezes depende ainda de colocação de pisos e alguns acabamentos.
Além disso, as unidades prontas podem ser visitadas "fisicamente" pelos interessados. O cliente sabe exatamente aquilo que está comprando, e inclusive sabe de antemão informações precisas, como o valor do condomínio e do IPTU, e por isso a chance de arrependimento, no futuro, é menor.
No caso de compra para investimento, o imóvel usado também é bom negócio, já que o proprietário pode começar a usufruir dos rendimentos da locação rapidamente, logo após a entrega das chaves, tendo retorno sobre o investimento realizado na compra da unidade.
A expansão do financiamento imobiliário facilitou a compra de imóveis de terceiros, e cada vez mais esse tipo de negócio é realizado em São Paulo. Entretanto, alguns cuidados são essenciais para que a compra ocorra sem surpresas, como verificar se a unidade está com toda a sua documentação em ordem.
O proprietário também não pode estar impedido legalmente de vendê-lo, como, por exemplo, ter seus bens indisponíveis por decisão judicial. Para verificar se o vendedor não tem problemas de idoneidade financeira recomendam-se procurar uma consultoria e, em São Paulo, solicitar certidão negativa dos dez cartórios de protesto, certidão do cartório de distribuidores cíveis e família, executivos fiscais, trabalhista e certidão da Justiça federal.
Com o mercado aquecido, multiplicaram-se as possibilidades, e neste momento é necessário serenidade, informação e consultoria para fazer as escolhas certas.
04.10.2010
Nos últimos dois anos, o aquecimento da economia, o aumento do poder aquisitivo da população, a ascensão da classe C, a redução das taxas de juros e o expressivo aumento da oferta de crédito criaram um cenário extremamente favorável para o mercado de imóveis. Em São Paulo, bem como nos municípios em seu entorno, a expansão da malha viária e da rede de transportes metropolitana, com a inauguração do trecho sul do Rodoanel e de novas estações de trem e de metrô permitiram uma grande valorização de boa parte dos imóveis residenciais e comerciais.
O aumento da demanda trouxe um boom de lançamentos e, especialmente no último ano, maior quantidade de imóveis usados colocados à venda, seja porque seus proprietários desejaram realizar imediatamente o lucro pela valorização ou porque, em outros casos, decidiram mudar para apartamentos ou casas maiores ou mais bem localizadas. O fato é que o mercado paulistano nunca esteve tão movimentado, com inúmeras possibilidades para quem deseja comprar para morar, revender ou alugar. O setor está mais do que nunca atraente, mas é preciso prudência e análise para que se possa fazer o melhor negócio.
Com tantas ofertas e opções, é natural que muitos tenham dúvida de em qual ficha apostar. E, regra geral, há uma percepção generalizada de que, para morar ou investir, a melhor opção são os lançamentos imobiliários ou empreendimentos residenciais em construção. Muita calma nessa hora.
Há inúmeras ofertas interessantes em lançamentos residenciais. E vantagens: o comprador receberá um imóvel totalmente sem uso, moderno e com áreas de lazer mais sofisticadas, como fitness e varanda gourmet, dentre outros. Além disso, terá facilidade no retorno, e ganho expressivo se desejar revender a unidade próximo à data de entrega das chaves.
Mas há uma impressão equivocada de que o lançamento imobiliário é mais barato do que o imóvel usado. Proporcionalmente, na comparação do valor por metro quadrado, o preço de um imóvel pronto, usado, é de 20% a 30% menor do que o dos que estão em construção.
A maior disponibilidade de financiamento bancário, que hoje já responde por mais de 40% das vendas realizadas, contra 20% há três anos, e a possibilidade de desconto dos proprietários para agilizar o fechamento do negócio tornam atraente a compra de usados.
Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente no ato para os compradores, tão logo seja finalizada a transação financeira, sem necessidade de se aguardar por dois ou três anos até a entrega da unidade, que ainda terá de ser mobiliada e decorada, e muitas vezes depende ainda de colocação de pisos e alguns acabamentos.
Além disso, as unidades prontas podem ser visitadas "fisicamente" pelos interessados. O cliente sabe exatamente aquilo que está comprando, e inclusive sabe de antemão informações precisas, como o valor do condomínio e do IPTU, e por isso a chance de arrependimento, no futuro, é menor.
No caso de compra para investimento, o imóvel usado também é bom negócio, já que o proprietário pode começar a usufruir dos rendimentos da locação rapidamente, logo após a entrega das chaves, tendo retorno sobre o investimento realizado na compra da unidade.
A expansão do financiamento imobiliário facilitou a compra de imóveis de terceiros, e cada vez mais esse tipo de negócio é realizado em São Paulo. Entretanto, alguns cuidados são essenciais para que a compra ocorra sem surpresas, como verificar se a unidade está com toda a sua documentação em ordem.
O proprietário também não pode estar impedido legalmente de vendê-lo, como, por exemplo, ter seus bens indisponíveis por decisão judicial. Para verificar se o vendedor não tem problemas de idoneidade financeira recomendam-se procurar uma consultoria e, em São Paulo, solicitar certidão negativa dos dez cartórios de protesto, certidão do cartório de distribuidores cíveis e família, executivos fiscais, trabalhista e certidão da Justiça federal.
Com o mercado aquecido, multiplicaram-se as possibilidades, e neste momento é necessário serenidade, informação e consultoria para fazer as escolhas certas.
Juro para imóvel no Brasil é um dos mais altos do mundo
Agência Estado
04.10.2010
SÃO PAULO - Assim como ocorre no mercado de crédito em geral, as taxas de juros dos empréstimos imobiliários do Brasil estão entre os mais altos do mundo. O mesmo ocorre com o spread - a diferença entre a taxa que a instituição financeira paga ao captar o dinheiro e a que cobra ao repassá-lo para o cliente. A conclusão faz parte de um estudo da consultoria ATKearney, feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo. Este é o primeiro levantamento do gênero realizado desde que as concessões desses empréstimos dispararam no País.
A pesquisa compara a situação em cinco nações: Brasil, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Chile. Aqui, o spread médio no segmento imobiliário é de 5,05 pontos porcentuais ao ano, ante 3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA, 3 pontos no Chile e 2,2 na Espanha. No caso do juro, os resultados foram de, respectivamente, 11,3%, 14,5%, 5%, 4,9% e 3,4%.
Nos últimos meses, o crédito imobiliário deu um salto no Brasil, a despeito do custo elevado na comparação com outros países. Segundo dados do Banco Central (BC), esses empréstimos cresceram 51% nos 12 meses terminados em agosto, ante expansão de 19% do crédito total da economia. Bancos e especialistas do setor imobiliário prevêem que o crescimento continuará acelerado.
04.10.2010
SÃO PAULO - Assim como ocorre no mercado de crédito em geral, as taxas de juros dos empréstimos imobiliários do Brasil estão entre os mais altos do mundo. O mesmo ocorre com o spread - a diferença entre a taxa que a instituição financeira paga ao captar o dinheiro e a que cobra ao repassá-lo para o cliente. A conclusão faz parte de um estudo da consultoria ATKearney, feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo. Este é o primeiro levantamento do gênero realizado desde que as concessões desses empréstimos dispararam no País.
A pesquisa compara a situação em cinco nações: Brasil, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Chile. Aqui, o spread médio no segmento imobiliário é de 5,05 pontos porcentuais ao ano, ante 3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA, 3 pontos no Chile e 2,2 na Espanha. No caso do juro, os resultados foram de, respectivamente, 11,3%, 14,5%, 5%, 4,9% e 3,4%.
Nos últimos meses, o crédito imobiliário deu um salto no Brasil, a despeito do custo elevado na comparação com outros países. Segundo dados do Banco Central (BC), esses empréstimos cresceram 51% nos 12 meses terminados em agosto, ante expansão de 19% do crédito total da economia. Bancos e especialistas do setor imobiliário prevêem que o crescimento continuará acelerado.
Saldo de crédito à cadeia imobiliária cresce 250% em 5 anos, para R$ 69 bi
Fernando Travaglini
04.10.2010
O dinamismo do setor de construção civil atrai cada vez mais a atenção dos bancos. O saldo total de empréstimos para as empresas ligadas à cadeia imobiliária atingiu a marca de R$ 69 bilhões em julho deste ano, saindo de R$ 20 bilhões há cinco anos. O crescimento desde 2005 atingiu a marca expressiva de 250%, segundo dados do Banco Central (BC).
Somando o estoque de linhas para as famílias, de R$ 116 bilhões, o total de recursos devido às instituições financeiras acumula R$ 185 bilhões, avanço de 300% nos últimos cinco anos, ou o equivalente a uma expansão média de 45% ao ano. As informações constam de um levantamento feito pela autoridade monetária para o último Relatório de Inflação, relativo ao mês de setembro.
De acordo com o BC, o mercado tem revelado "dinamismo nos últimos anos, condizente com as condições macroeconômicas positivas" da economia brasileira. A oferta, considerada pela autoridade monetária como "vigorosa", segue às melhorias legais, como a alienação fiduciária, e também à evolução da renda e do emprego das famílias.
Nesse período, o crédito para as empresas cresceu 530%, chegando a R$ 34,3 bilhões também em julho de 2010. Apesar do amplo domínio da Caixa Econômica Federal no financiamento aos mutuários, os recursos direcionados para as empresas ainda é um mercado cativo dos grandes bancos. As incorporadoras têm uma carteira de R$ 18,7 bilhões, enquanto o restante, R$ 15,6 bilhões, é o saldo das linhas para a construção de edifícios.
Segundo o BC, o desempenho "refletiu o elevado volume de lançamentos imobiliários, especialmente entre 2007 e 2008, beneficiados pelos recursos captados no mercado de capitais" por parte das grandes incorporadoras e construtoras. Desde 2005, 29 empresas do setor realizaram processo de abertura de capital. As emissões somaram R$ 32,1 bilhões, além de outros R$ 5,5 bilhões captados por meio de debêntures.
Os segmentos relacionados também vêm sendo beneficiados pelo boom de crédito à habitação. As empresas de serviços imobiliários demandam mais empréstimos e o estoque da carteira atingiu R$ 6,6 bilhões. Outros R$ 22 bilhões compõem o estoque do setor de material de construção, além do direcionamento de mais R$ 6,2 bilhões em infra estrutura ligada à construção civil.
Durante coletiva para divulgação do Relatório de Inflação, na última quinta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, comentou que esse segmento apresenta um crescimento expressivo, mas o volume ainda é pequeno, da ordem de 3,5% do PIB. Segundo ele, há países que tem estoque muito superior ao Brasil. "40% do PIB não é exagerado", disse.
04.10.2010
O dinamismo do setor de construção civil atrai cada vez mais a atenção dos bancos. O saldo total de empréstimos para as empresas ligadas à cadeia imobiliária atingiu a marca de R$ 69 bilhões em julho deste ano, saindo de R$ 20 bilhões há cinco anos. O crescimento desde 2005 atingiu a marca expressiva de 250%, segundo dados do Banco Central (BC).
Somando o estoque de linhas para as famílias, de R$ 116 bilhões, o total de recursos devido às instituições financeiras acumula R$ 185 bilhões, avanço de 300% nos últimos cinco anos, ou o equivalente a uma expansão média de 45% ao ano. As informações constam de um levantamento feito pela autoridade monetária para o último Relatório de Inflação, relativo ao mês de setembro.
De acordo com o BC, o mercado tem revelado "dinamismo nos últimos anos, condizente com as condições macroeconômicas positivas" da economia brasileira. A oferta, considerada pela autoridade monetária como "vigorosa", segue às melhorias legais, como a alienação fiduciária, e também à evolução da renda e do emprego das famílias.
Nesse período, o crédito para as empresas cresceu 530%, chegando a R$ 34,3 bilhões também em julho de 2010. Apesar do amplo domínio da Caixa Econômica Federal no financiamento aos mutuários, os recursos direcionados para as empresas ainda é um mercado cativo dos grandes bancos. As incorporadoras têm uma carteira de R$ 18,7 bilhões, enquanto o restante, R$ 15,6 bilhões, é o saldo das linhas para a construção de edifícios.
Segundo o BC, o desempenho "refletiu o elevado volume de lançamentos imobiliários, especialmente entre 2007 e 2008, beneficiados pelos recursos captados no mercado de capitais" por parte das grandes incorporadoras e construtoras. Desde 2005, 29 empresas do setor realizaram processo de abertura de capital. As emissões somaram R$ 32,1 bilhões, além de outros R$ 5,5 bilhões captados por meio de debêntures.
Os segmentos relacionados também vêm sendo beneficiados pelo boom de crédito à habitação. As empresas de serviços imobiliários demandam mais empréstimos e o estoque da carteira atingiu R$ 6,6 bilhões. Outros R$ 22 bilhões compõem o estoque do setor de material de construção, além do direcionamento de mais R$ 6,2 bilhões em infra estrutura ligada à construção civil.
Durante coletiva para divulgação do Relatório de Inflação, na última quinta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, comentou que esse segmento apresenta um crescimento expressivo, mas o volume ainda é pequeno, da ordem de 3,5% do PIB. Segundo ele, há países que tem estoque muito superior ao Brasil. "40% do PIB não é exagerado", disse.
Assinar:
Postagens (Atom)