102º aniversário de Roberto Burle Marx

Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909 — Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, tendo ganho renome internacional ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista. Morou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde estão localizados seus principais trabalhos, embora sua obra possa ser encontrada ao redor de todo o mundo.

Burle Max nasceu em São Paulo. Aos 19 anos, com problemas de visão vai para a Alemanha em busca de taratamento. Lá ele entra em contato com as vanguardas artísticas e visitando importantes exposições de Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh, decide estudar pintura. Dois anos mais tarde retorna ao Rio de Janeiro, onde o amigo e vizinho Lúcio Costa o incentiva a ingressar na Escola de Belas Artes.

As pinturas são uma parte pouco conhecida de sua obra  

Na universidade convive com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto.

Início do paisagismo
O primeiro projeto de jardim público idealizado por Burle Marx foi a Praça de Casa Forte, no Recife, em 1934. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética, projetando mais de 10 praças. Nesse cargo fez uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde). Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha (a Praça do Internacional, conhecida também como Cactário Madalena) ornamentada com plantas da caatinga e do sertão nordestino, buscando livrar os jardins do "cunho europeu", semeando a alma brasileira e divulgando o "senso de brasilidade".

Incursões na arquitetura moderna

As ondas do Calçadão de Copacabana é provavelmente
o projeto mais famoso assinado por Burle Marx
Sua participação na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, tendo atuado nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.
A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.




Fontes:
http://leonardofinotti.blogspot.com/search/label/burle%20marx
http://christianbarnardblog.blogspot.com/2010/03/between-art-and-landscape-roberto-burle.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Burle_Marx#Ruptura_e_modernidade