Os melhores negócios de 2009
Quem me conhece sabe que sou focado no mercado imobiliário e por isso mesmo, sempre olho o comportamento das ações das empresas de capital aberto na Bolsa. É um termometro indiscutível, quando centenas de investidores, nacionais ou estrangeiros apostam suas fichas em empresas do setor. O que chama a atenção e que das cinco maiores altas na Bolsa em 2009 (entre janeiro e o dia 20 de dezembro), três são empresas ligadas diretamente ao setor imobiliário e uma indiretamente. A excessão ficou por conta da MMX, do bilionário Eike Batista.
MMX Miner ON: 324,19%
Duratex ON: 300,00%
Rossi Resid. ON: 284,89%
Gafisa ON: 158,33%
Cyrela Realt ON: 156,96%
Uma olhada no comportamento do índice das ações mais negociadas na bolsa brasileira, o Ibovespa, é suficiente para constatar a força do movimento do mercado no sentido contrário ao da depressão econômica (e principalmente no mercado imobiliário).
Que venha 2010, um ano que promete ser maravilhoso para nosso setor!
Nova Lei do Inquilinato preocupa locatários de imóveis comerciais
Nova Lei do Inquilinato preocupa locatários de imóveis comerciais
SÃO PAULO - A nova Lei do Inquilinato, que entra em vigor dentro de 45 dias, tem causado preocupação aos locatários, especialmente os de imóveis comerciais. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) foi taxativa e explicou que as mudanças prejudicam inquilinos. "A lei reduz prazos para desocupação", explica o assessor jurídico da entidade, Raphael Noschese.Uma das novas regras diz respeito à caução a ser depositada pelo locador. Para executar o despejo e tomar posse do imóvel, segundo Noschese, o locador tinha de depositar um montante equivalente a 12 a 18 meses do valor do aluguel. Com a nova lei, o depósito deve equivaler a um valor correspondente a seis a 12 meses de aluguel.
A Fecomercio foi uma das entidades que postulou o veto de partes do projeto de lei, obtendo sucesso quanto ao parágrafo 3º do artigo 13, que previa que a simples transferência do controle societário do locatário seria equiparada à cessão do contrato de locação. O consenso, segundo Noschese é que "uma coisa não tem a ver com outra".
Entretanto, o polêmico artigo 74 foi vetado apenas parcialmente. O projeto de lei previa concessão de liminar para desocupação do imóvel em 15 dias, quando houvesse pedido de retomada em razão de melhor proposta apresentada por terceiros. Noschese explicou que esse prazo mudou para 30 dias, no texto aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O prazo continua apertado", ressaltou. "A lei atualmente em vigor prevê 180 dias para o despejo, após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, após a decisão do tribunal. Nesse meio tempo, o locatário tinha tempo para se preparar e procurar outro imóvel. A mudança pode até causar desemprego, já que as empresas prejudicadas, muitas delas de pequeno porte, possuem inúmeros funcionários. As pequenas empresas são as principais empregadoras do país" , opinou.
Esse ponto também chamou a atenção de Mario Cerveira Filho, sócio do escritório Cerveira, Dornellas e Advogados Associados. "A lei vai fazer com que as ações de despejo fiquem muito mais rápidas do que eram, tanto no caso do imóvel comercial quanto no caso do residencial", disse. "Embora eu admita que a lei em vigor hoje vem beneficiando maus pagadores".
Outro ponto perverso da lei, segundo ele, diz respeito ao atraso no pagamento. "Na lei antiga, o locatário podia atrasar o aluguel duas vezes, no máximo, em um período de 12 meses. Na terceira vez, o locador tinha direito de não aceitá-lo mais como inquilino. Na lei nova, o locatário somente pode atrasar o pagamento uma única vez em um período de dois anos. Mas e se ele esquecer de pagar, ou ficar doente, ou viajar?", questiona.
Na contramão das opiniões, o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Pedro Carsalade, afirma que a lei, na realidade, favorece o inquilino. "A Lei do Inquilitano não mudava há 18 anos", disse.
"Nós temos uma série de imóveis fora do mercado exatamente porque o trâmite no Judiciário era demorado. Levava-se 14, 15 meses para despejar um inquilino que não estava pagando o aluguel. Além de não receber o aluguel pelo imóvel, o locador tinha de esperar mais de um ano", afirma Carsalade.
Segundo ele, as pessoas ligam proprietários de imóveis a grandes investidores, o que não é verdade. "Há pessoas que juntaram dinheiro ao longo de suas vidas e conseguiram comprar um imóvel para alugar, como complemento de renda. Só que muitas delas não estavam alugando justamente por conta da inadimplência".
Como o mercado de imóveis também é guiado pela lei da oferta e da demanda, a aposta de Carsalade é de queda nos preços dos imóveis para locação.
Quanto à polêmica questão da oferta de um terceiro, que pode levar o locatário a sair perdendo, ele diz que uma das críticas dizia respeito à simulação dessa oferta, o que não passaria de uma especulação, já que é fácil descobrir esse tipo de manipulação e as penalidades são altas. Para ele, a lei apenas trouxe equilíbrio entre as partes envolvidas.
IPTU - Aumento à vista e por longo prazo
Após duas semanas de discussão, a Câmara Municipal aprovou ontem, em segunda votação, o projeto de lei que reajusta o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em São Paulo. O texto vai à sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Temendo a repercussão negativa, o democrata diminuiu o aumento no próximo ano, que passará a ser de 30% para imóveis residenciais e de 45% para os comerciais. O reajuste vai afetar 1,7 milhão de imóveis e se estenderá até 2013. A proposta teve o apoio de 39 vereadores - 15 contrários e uma ausência. Entre as alterações também está a ampliação em 20 mil do número de isentos, que passará para 1,07 milhão. Isso porque a faixa de isenção para os imóveis comerciais subiu de R$ 37 mil para R$ 70 mil. Para os residenciais, o valor continua sendo de R$ 92,5 mil. Também haverá uma redução média de 20% no valor venal dos terrenos da cracolândia. Nessa região, havia ruas mais valorizadas do que em bairros nobres.Para compensar as alterações, o imposto cobrado das propriedades de alto padrão ficará ainda maior. A alíquota sobre imóveis comerciais com valor superior a R$ 760 mil será ampliada de 1,8% para 2%. Ainda assim, a Secretaria Municipal de Finanças espera arrecadar R$ 100 milhões a menos do que com a proposta original. A previsão é que a receita com o IPTU aumente em R$ 544 milhões.
Além disso, o texto aprovado prevê a revisão a cada dois anos da Planta Genérica de Valores (PGV), a base de cálculo do IPTU. A última revisão foi feita em 2001.
AUMENTOS ATÉ 2013
Segundo a Secretaria de Finanças, 571 mil imóveis terão novos reajustes até 2013. São as propriedades que terão uma correção superior ao teto estabelecido para o ano que vem. Em alguns casos, a correção passará de 100%, como na Rua Barão de Ladário, no Brás, região central, com índice de 126%.
A diferença entre o teto e o índice total será descontada com novos aumentos anuais. A intenção do governo é fazer toda a correção em quatro anos. Até 2012, quando termina o mandato de Kassab, serão mantidas as travas e, a cada ano, o reajuste deverá ser de até 30% para imóveis residenciais e de até 45% para comerciais. Em 2013 não haverá travas. Caberá ao novo prefeito definir se elas serão mantidas. Terminada essa correção, os valores passarão a ser atualizados a cada dois anos.
O PT, que aprovou correção da PGV semelhante quando era governo, em 2001, promete ir à Justiça contra o aumento de Kassab. Segundo o partido, a Comissão de Valores Imobiliários da Secretaria de Finanças não foi consultada, como prevê um decreto de 1989.
Novos fundos imobiliários começam a tomar forma
Os primeiros FIIs (fundos de investimento imobiliário) com lastro em certificados de recebíveis imobiliários devem ser lançados até o fim do ano. A criação dessas carteiras só será possível porque no fim de agosto, após nove meses de espera, o governo federal passou a permitir a isenção de IR (Imposto de Renda) nessa categoria de produto financeiro. O incentivo vale também para as aplicações em letras de crédito imobiliário, letras hipotecárias e cotas de outros fundos imobiliários. A expectativa do mercado é de que os fundos lastreados em CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) atraiam as atenções tanto de pessoas físicas quando de investidores institucionais. A instrução nº 472 da CVM- Comissão de Valores Mobiliários, que entrou em vigor em novembro de 2008, permitiu a criação de fundos imobiliários lastreados em recebíveis de imóveis, mas deixou dúvidas se os instrumentos poderiam ser tributados na fonte por essas aplicações serem consideradas de renda fixa. Ao comprar diretamente um CRI, as pessoas físicas são isentas de IR, mas, adquirindo um fundo imobiliário com lastro nesse papel, o imposto poderia incidir na fonte. Até que a ambiguidade fosse desfeita, a indústria do setor preferiu não lançar esse tipo de produto. Agora, os agentes se dedicam ao desenho dos produtos que vão apresentar ao mercado. Apesar da demora, os profissionais acreditam que o momento é ideal para o lançamento. A justificativa é que, com a perspectiva de juros em patamares baixos, os investidores estejam em busca de alternativas que garantam rentabilidade maior. Um CRI, por exemplo, pode ser lastreado em financiamentos imobiliários em que as taxas chegam a TR mais 11% ao ano, acima dos 8,75% da Selic. "Esse mercado vai crescer porque os ativos possuem garantia, boa rentabilidade e baixa inadimplência", avalia o diretor da Oliveira Trust, Alexandre Freitas.
A Fundo Imobiliário Consultoria de Investimentos está se preparando para estruturar suas primeiras operações de fundos de CRI. A empresa tem conversado com fundos de pensão, potenciais investidores institucionais, para definir o formato. Os FIIs poderão ser compostos por CRIs lastreados em financiamentos imobiliários habitacionais e por recebíveis de aluguéis de imóveis corporativos. Ainda não está definido se a empresa lançará, inicialmente, um produto híbrido ou um com cada tipo de lastro. Esses fundos serão oferecidos também para pessoas físicas, embora o foco sejam os investidores institucionais, segundo o sócio da consultoria, Sergio Belleza Filho. O escritório PMKA Advogados está estruturando quatro contratos de FIIs de CRI, que devem ser protocolados na CVM até o fim do ano. Na avaliação do sócio do PMKA, Alexandre Assolini, os fundos imobiliários lastreados em CRIs devem atrair, principalmente, investimentos do varejo. Desde 2005, a CVM permite a emissão de CRIs com valor menor que R$ 300 mil, mas as empresas envolvidas têm de cumprir requisitos adicionais, o que inviabiliza a emissão de certificados de valores menores. "Nenhum CRI com valor abaixo de R$ 300 mil foi lançado por causa dessas exigências. As cotas dos FIIs com lastro em CRIs poderão ter valores menores, sem essas restrições", diz o advogado. Inicialmente, os CRIs que vão lastrear os fundos imobiliários deverão ser vinculados, principalmente, ao aluguel de imóveis corporativos, segundo Assolini. Isso porque a maior parte dos CRIs já emitidos até agora pelo mercado tem esse perfil.
Fundo imobiliário compra fatia da JHSF no Edifício Pinheiro Neto
Nova Lei do Inquilinato poderá ser sancionada com vetos
Brasília, DF
A presidência da República receberá do Ministério da Justiça a sugestão para excluir duas das alterações introduzidas no projeto da nova Lei do Inquilinato, já aprovada pelo Congresso, à espera da sanção presidencial. Resultado de acordo entre representantes do comércio varejista, parlamentares e Ministério da Justiça, a proposta diz respeito aos aluguéis comerciais.
Uma das alterações rejeitadas pelo empresariado é a que atribui aos locadores de imóveis comerciais o direito de opinar sobre mudanças na configuração societária pretendida pela empresa locatária. Esta alteração foi introduzida na nova Lei do Inquilinato com a intenção de garantir ao locador que, em casos de alteração societária, permaneça o grau de confiabilidade da empresa locatária. De acordo com o Jornal Folha de São Paulo (sexta-feira, 13, novembro, 2009), o coordenador de locação da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI), Leandro Ibagy, opinou que este texto da lei "poderia inviabilizar grandes fusões ou mudanças societárias, fazendo com que uma empresa com muitos pontos (locados) tivesse que negociar com inúmeros locadores".
O outro veto será sugerido para a alteração que prevê indenização ao locatário (ocupante do imóvel há pelo menos cinco e com cláusula contratual de renovação automática), no caso dele ser preterido por conta de melhor proposta de locação. Ainda de acordo com o noticiário da Folha de São Paulo, especialistas afirmam que a possibilidade legal de indenizar o locador para alugar a um terceiro poderia facilitar a perda do ponto, "após anos de investimento e de construção de imagem junto aos clientes".
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A virada dos fundos de pensão
O que redimiu os planos não foi somente a alta da bolsa - o Ibovespa subiu 50% nos oito primeiros meses do ano. Mas também houve a contribuição dos investimentos imobiliários, que valorizaram acima de 10%. Vilões de muitos fundos de pensão no passado, os imóveis voltam a ser vistos como uma alternativa de diversificação para os planos. O Valia, fundo dos funcionários da Vale, por exemplo, investiu 208 milhões de reais na compra de 14 andares de um dos edifícios do Cidade Jardim Corporate Center, da JHS-F, na zona sul de São Paulo, em junho - e pretende colocar mais 200 milhões de reais nesse mercado nos próximos meses.
A vez do alto padrão
Quem é Enrique Bañuelos?
Apesar de sua distância do dia a dia das empresas, seria um erro tratar Bañuelos como mero investidor institucional. É ele quem define a estratégia e o plano de crescimento de suas companhias. Depois, entrega a execução às pessoas que escolheu. No Brasil, Bañuelos elegeu dois homens de confiança. Um deles é Marcelo Parachinni, ex-vice-presidente do banco Santander na Espanha e principal executivo da Veremonte. É ele quem busca novos negócios para que o espanhol invista. O outro é Silveira Pinto, seu sócio na Agre. Fundador da Agra, ele é considerado pelo setor um dos grandes gestores de incorporadoras no país. Sua credibilidade com os bancos também foi decisiva na escolha da parceria. Coube a Silveira Pinto acertar a compra da Abyara e da Klabin Segall e renegociar suas dívidas, de mais de 1,2 bilhão de reais, com os bancos. A compra das duas incorporadoras revelou a forma arrojada como Bañuelos e seus enviados fazem negócios. Não houve processos de auditoria em nenhuma das companhias. A situação de caixa de ambas era crítica e foi necessária uma ação rápida. "Eles assumiram o risco e aproveitaram um momento de preços muito baixos para comprar duas empresas boas que enfrentavam problemas", diz Eduardo Silveira, analista de construção civil do Banco Fator.
Rio vive "boom" nos preços dos imóveis
09.11.2009
Embalado pela queda do juros, pelo recuo da Bolsa no início do ano e pelas perspectivas de um novo ciclo de crescimento no Rio, o mercado carioca de imóveis residenciais experimenta alta de preços neste ano. Em toda a zona sul, a valorização dos apartamentos supera os 20%, chegando a 50% em Ipanema e no Flamengo. Em bairros da zona norte, como Tijuca, a alta é de 30%. Os dados foram levantados pelo Secovi-Rio (sindicato das empresas do setor imobiliário), a pedido da Folha. A zona sul, a mais valorizada, é uma área delimitada pelo Centro e pela Barra da Tijuca, além dos morros. A predominância é de apartamentos com mais de dez anos de uso. Em igual período de 2007, a valorização de apartamentos nessas regiões era de, no máximo, 10% e foi negativa em Ipanema. Em 2008, as maiores altas ocorreram em Botafogo, com 29%, e Ipanema, com 23% -e 10% em outras áreas. Botafogo é a região da zona sul onde são lançados mais apartamentos, devido à grande quantidade de imóveis antigos -derrubados para a construção de prédios.
Em São Paulo, também há valorização, mas de forma não homogênea entre as regiões. Segundo dados fornecidos pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de imóveis), na chamada zona de valor A (Jardins, Ibirapuera, Moema e Itaim), as variações médias de preço por metro quadrado estão em torno de 9% no ano. Na zona B (Pinheiros, Vila Madalena, Vila Olímpia, Aclimação, Alto da Lapa e Brooklin), há queda média de 15%. Na zona C (Aeroporto, Butantã, Jabaquara, Santo Amaro e Tatuapé), os preços estão estáveis. Hoje, o preço do metro quadrado na zona sul do Rio está na faixa de R$ 4.000, atingindo o dobro em Ipanema e Leblon. Segundo o Creci-SP, os preços médios dos bairros da zona A são em torno de R$ 3.200, atingindo média de R$ 4.100 para imóveis mais novos.
Na zona sul do Rio, é comum encontrar apartamento de dois quartos acima de R$ 500 mil, mesmo a alguns quilômetros das praias badaladas e em prédios antigos. Em Botafogo, a corretora contratada pelo psicólogo Luís Sérgio Gonçalves anunciou seu dúplex de 111 metros quadrados, no primeiro andar, por R$ 750 mil. O apartamento foi comprado na planta em 2007 por menos de R$ 500 mil. "Valorizou mais que eu esperava. Quero um três-quartos, mas não sei se vou conseguir", diz. Em Laranjeiras, a seis quilômetros de Copacabana, imóveis de 80 metros quadrados são vendidos por R$ 6.000 o metro quadrado.
Uma das razões para a alta foi o susto com a crise no mercado financeiro. "Com as quedas da Bolsa, no período de crise, e dos juros da renda fixa, os investidores voltaram a ver os imóveis como opção de investimento seguro e rentável", afirma Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio. A empresária Rosane Rodrigues mora em um bairro do subúrbio. A poupança da família estava em CDBs e fundos de renda fixa. "O retorno estava baixo. Decidimos investir em algo que valorizasse e morar em um lugar melhor." Ela sacou 60% da poupança para investir num apartamento em construção na Barra. Na rua, uma fileira de prédios está em construção. Embora afastada da praia, Rosane acha que o imóvel vai se valorizar, principalmente por causa das arenas que serão construídas para os Jogos Olímpicos. Os investimentos da indústria do petróleo também devem ajudar a valorizar a região.
Mercado negocia 9 quarteirões em Pinheiros
Também estão sendo feitas obras de melhoria da paisagem urbana, com o enterramento de fios e cabos em todas as ruas desde a Cunha Gago até a marginal Pinheiros.
A previsão é que as obras sejam concluídas em 2010. O projeto vai custar R$ 100 milhões, bancados pela venda de títulos imobiliários (Cepacs) da Operação Urbana Faria Lima.
MetrôEm paralelo com as obras de revitalização do largo da Batata correm as obras da linha 4-amarela (Luz-Vila Sônia) do metrô. O governo do Estado promete entregar as estações Faria Lima e Pinheiros também no ano que vem. Ao lado do metrô, fazendo a integração também com a linha 9-esmeralda da CPTM, está sendo construído um terminal de ônibus que não estava previsto no projeto original da revitalização e foi incorporado após o acidente de 2007. Com isso, as obras que ficariam restritas ao largo da Batata foram estendidas para toda a região. Com metrô em funcionamento e um bairro revitalizado, é natural o interesse do mercado imobiliário. Edward Zeppo Boretto, diretor de Obras da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), responsável pelas obras, disse que o projeto de revitalização já começou a mudar a cara do bairro. "A região já está bem melhor. Ela era muito degradada por causa dos ônibus que paravam ali. Com o novo terminal [de ônibus] e o metrô, vai ficar excelente."
| Fonte: Jornal Folha de São Paulo |
Onde e quando investir em imóveis corporativos?
Perspectivas para o mercado
“Por outro lado”, salienta Martin Jaco - CIO da BR Properties - “mesmo observando a volta do crescimento, as empresas tenderão a ser mais cautelosas na tomada de novos espaços em relação ao período de euforia anterior e, dessa forma, é importante entender como será realizado o crescimento das empresas; a intenção é não permitir que, por conta de uma maior liquidez, seja criada uma situação de oversupply/overbuild em algumas regiões”.
“Todos temos que estar atentos aos sinais, ainda fracos, de que a crise está sob controle” aconselha Solano Neiva - Diretor Superintendente da WT Empreendimentos.
Ele continua “o próprio economista Nouriel Roubini, aquele que antecipou a chegada da crise, acredita que as economias emergentes, como o Brasil, levarão um ou dois anos para sair, de fato, do quadro de atenção, isto porque o socorro dado pelos governos precisará ser pago. Neste sentido, as empresas estão mais cuidadosas na hora de fazer investimentos no setor imobiliário, sejam pelas limitações de crédito ainda existentes, seja pela busca de produtos bem adequados as suas reais necessidades. Portanto, a influência maior desta crise é no desenvolvimento de propostas inteligentes, que gerem mais metros quadrados por real investido, que sejam sustentáveis e que façam o melhor uso possível da tecnologia existente”.
Concluindo, podemos dizer que estamos saindo da crise e que o mercado imobiliário tem tudo para continuar crescendo, mas a ordem é ser prudente em novos investimentos. Se conseguirmos manter o crescimento baseado em estruturas sólidas, sustentáveis, teremos tudo para ter um mercado imobiliário jovem, mas com saúde para continuar crescendo. Afinal, canja e bom senso não fazem mal a ninguém.
Credito: Revista Buildings
Mas onde estão os focos de crescimento?
O transporte público de qualidade aliados nas regiões de uso misto (residenciais, comerciais e serviços) são as principais alavancas para desenvolvimento do mercado corporativo. Os imóveis localizados nessas regiões - Paulista, Berrini e Nova Faria Lima - tiveram uma valorização espetacular na primeira década desse século.
Evolução dos negócios corporativos
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