Hotel negocia compra de prédio de hospital tombado em SP

Folha de São Paulo

O antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como hospital Matarazzo, na região da Avenida Paulista, está próximo de ser vendido.  O principal interessado, segundo a Folha apurou, é o grupo proprietário do hotel Le Royal Monceau, em Paris, recentemente reformado.  

A ideia do grupo Allard é restaurar o antigo hospital para fazer ali o hotel mais luxuoso do Brasil, classificado internacionalmente como "seis estrelas", e outro padrão cinco estrelas. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil dono do prédio, confirma que está "em estágio avançado de negociação com grupos de investidores interessados no imóvel".  

O órgão, no entanto, não informa quem seriam os investidores interessados nem qual é o destino que deve ser dado ao prédio. O grupo Allard, que mantém um escritório e um diretor-executivo no Brasil desde 2008, não respondeu. Informou apenas que, na próxima semana, deve ter novidades sobre o assunto, mas não confirmou nem sequer se está relacionado com a negociação com a Previ.

Alexander Allard, presidente do grupo, é conhecido nos Estados Unidos e na Europa por seus investimentos no mercado de alto luxo.

O Le Royal Monceau, por exemplo, foi comprado por ele em 2007 e reformado com projeto do renomado designer Philippe Starck. O projeto para o hospital Matarazzo, que também deve ser assinado por Starck, inclui ainda uma galeria de arte e uma área para shows. Os dois -Allard e Starck- estiveram em São Paulo no fim do ano passado, mas não revelaram quais negócios pretendiam fazer na cidade.

A Folha apurou que o grupo já está, inclusive, negociando a contratação de uma frota de táxis -seriam 30 carros, dez deles blindados- para atender aos futuros clientes dos hotéis.

O prédio é tombado pelos órgãos do patrimônio histórico estadual e municipal, que ainda não foram consultados sobre a possível reforma.  

No ano passado, a Previ pediu autorização para fazer uma manutenção no prédio havia telhas quebradas e calhas entupidas. Neste ano, novo pedido, agora para instalar sistema anti-incêndio.

O complexo com dez edifícios foi construído entre 1904, quando a ala administrativa foi inaugurada, e 1974. Endividado, o hospital fechou em 1993, quando o prédio foi vendido à Previ.  

No total, são 26,3 mil m2 de área construída em um terreno de 19 mil m2. Corretores que atuam na região da Avenida Paulista estimam que o imóvel valha, pelo menos, R$ 160 milhões, podendo chegar a R$ 260 milhões.

Imobiliárias e construtoras têm até o dia 28 de fevereiro para entregar o Dimob

O prazo para entrega da declaração com a qual a Receita Federal verifica se operações como a compra e o aluguel de unidades imobiliárias, valores recebidos e as datas das transações foram as mesmas declaradas pelo contribuinte termina no dia 28. Além da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob), a Receita usa várias fontes para cruzar os dados constantes na declaração do Imposto de Renda, como registros em cartório e gastos com despesas médicas e cartão de crédito.

Este ano, o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2011 começa daqui a uma semana, no dia 1º de março, e vai até 29 de abril.

A Dimob deve ser apresentada por empresas imobiliárias, construtoras e incorporadores sempre no último dia útil de fevereiro, com as informações do ano anterior, conforme a Instrução Normativa 694, de 2006.

A pessoa jurídica que deixar de apresentar a Dimob no prazo estabelecido ou que apresentá-la com incorreções ou omissões pagará multa de R$ 5 mil ao mês. E, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta, a multa é de 5%, não inferior a R$ 100 do valor das transações comerciais. A omissão de informações ou a prestação de informações falsas na Dimob também configura hipótese de crime contra a ordem tributária, previsto no Artigo 2º da Lei nº 8.137, de 1990.

Os bairros mais valorizados de São Paulo

Praça Pereira Coutinho - Vila Nova Conceição

São Paulo - Para uns, a valorização dos imóveis em São Paulo é uma questão de boom. Outros defendem que o termo certo é bolha. Embora não haja consenso para explicar o fenômeno, o certo é que os preços vem trilhando uma inquestionável trajetória de alta. Segundo o índice FipeZap, uma parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o site Zap Imóveis, o valor do metro quadrado subiu 79% nos últimos três anos.

O diretor de marketing do Zap Eduardo Schaeffer reconhece que o percentual é significativo. Mas refuta que o movimento guarde semelhanças com a escalada que precedeu a crise nos Estados Unidos. "Até o início de 2008, o valor do metro quadrado em São Paulo não condizia com a importância da cidade, ficando muito abaixo de lugares como Rio de Janeiro e Cidade do México", diz.

Schaeffer explica que ainda que o afrouxamento no crédito imobiliário tenha impulsionado a entrada de novas pessoas no mercado imobiliário - aumentando a demanda e, por consequência, os preços – o percentual de imóveis financiados é baixo em relação ao PIB. A crença, portanto, é que ainda dá para crescer de maneira sustentável.

Confira, a seguir, o preço do metro quadrado nos bairros mais caros de São Paulo

Jardim Paulistano
Comportando um importante centro financeiro da cidade, o Jardim Paulistano é predominantemente ocupado por famílias de classe alta. Perto das famosas avenidas Paulista e Faria Lima, edifícios comerciais e residenciais galgam degraus cada vez mais altos na escalada imobiliária. Além do Shopping Iguatemi, sedes de corporações como Telefonica e Bank of America também localizam-se na região. Quem decide morar por ali, paga em média 12.578 reais pelo metro quadrado. Entre os endereços mais valorizados estão as ruas Tucumã, Fréderic Chopin, Seridó e Franz Schubert.

Vila Nova Conceição
Localizado dentro do distrito de Moema - dono do mais alto IDH de São Paulo -, a Vila Nova Conceição combina imponentes prédios residenciais com uma boa porção de área verde. A proximidade com o parque Ibirapuera atraiu as construtoras a partir da década de 90. O resultado apareceu sob a forma de edifícios classe AAA, vendidos a cifras milionárias. Segundo o índice da FipeZap, o valor médio do metro quadrado na região é de 7.397 reais. Especialistas ressalvam, contudo, que em lugares como a praça Pereira Coutinho esse preço já supera os 20.000 reais

Itaim-Bibi
No passado, a região sofria com a inundação do rio Pinheiros. Usados para lazer dos ricos proprietários, os grandes terrenos foram então divididos em lotes pequenos, que passaram às mãos dos imigrantes italianos. O perfil imobiliário foi mudando pouco a pouco, mas as cheias do rio, não. A virada aconteceu nos anos 90, depois que investimentos públicos contiveram as inundações e colocaram a região na mira das construtoras. Com ruas ultravalorizadas, como a Fernandes de Abreu, e um parque inaugurado em 2008, a média do metro quadrado na Chácara Itaim já bate em 13.000 reais.

Texto Exame.com

Espanhol negocia parte da WTorre

O setor de construção e infraestrutura no país terão mais um concorrente espanhol ancorando o seu barco em cais brasileiro. O grupo Essentium, que fatura € 500 milhões por ano, está muito perto de fechar seu primeiro negócio no Brasil. Ontem, depois de mais de seis meses de negociações, o empresário espanhol Valentín Monje Tuñon passou o dia em reunião com Walter Torre para acertar os detalhes da aquisição de 50% da divisão de engenharia do grupo, que deve ser fechada até o fim da semana. Tuñon tem plano mais ambicioso e, segundo o Valor apurou, negocia a compra ou a sociedade em ativos do grupo Bertin no setor de infraestrutura.

Em construção e concessões, o grupo pode ser considerado um emergente. Há apenas dois anos adquiriu a empresa Constructora Hispánica, que hoje é a Assignia Infraestructuras e tem concessões em diversos países. Na América do Sul, opera parte do metrô de Caracas. Uma das grandes tacadas do grupo, que tem capital fechado e com poucas informações públicas, foi no setor de cimentos.

A parte cimenteira na Espanha foi vendida às vésperas da crise internacional, que até hoje afeta fortemente o país e que tem penalizado o setor de construção e por consequência a demanda por cimento. A empresa, entretanto, ainda atua no segmento e no ano passado comprou por € 400 milhões uma cimenteira na Turquia, além de estar investindo € 130 milhões em uma fábrica no Marrocos.

A crise mais recente na Espanha, com perda de uma série de benefícios fiscais no país e queda de receita, parece ter deixado aberto o caminho rumo ao Brasil para as espanholas que conseguiram vencer as dificuldades e buscam incrementar faturamento em outros países. Neste ano, o grupo espanhol Iberdrola adquiriu a distribuidora Elektro por US$ 2,4 bilhões. As construtoras e empresas de energia, principalmente as ligadas à area de transmissão, que haviam vendido ativos aos chineses começam a fazer o caminho de volta e no ano passado entraram agressivas em leilões de transmissão. Na construção, Enrique Bañuelos comprou as incorporadoras afetadas pela crise, já as vendeu para a PDG Realty e agora monta uma operação de real estate.

As áreas de atuação da Essentium que chega agora ao país são as mais variadas e vão da construção, passando por energia até clínicas de estética. A empresa é presidida pela filha de Valentín, Susana Monje Gutierrez, que também é tesoureira do Barcelona, um dos clubes de futebol mais tradicionais da Espanha.

Em novembro do ano passado, o jornal espanhol Expansion publicou que a empresa estava negociando a aquisição de uma construtora e de uma empresa de engenharia no Brasil. Segundo o Valor apurou, na parte de engenharia o negócio agora se concretiza com a sociedade com a WTorre. A divisão de engenharia da empresa brasileira estaria avaliada em cerca de R$ 250 milhões. Segundo fontes próximas ao negócio, WTorre e Essentium já estariam comprando, juntas, uma empresa de "facilities" (gestão de infraestrutura de edifícios), além de um novo negócio no México. As empresas devem importar vários equipamentos, que estão sem uso na Espanha.

A divisão de engenharia da WTorre é a principal prestadora de serviços da WTorre Properties e, segundo último balanço disponível da companhia, a Properties pagou R$ 125 milhões à Engenharia de janeiro a setembro do ano passado.

A construtora, hoje batizada de WTorre Engenharia, foi o berço dos negócios do grupo brasileiro. A Construtora Walter Torre Junior nasceu em 1981 com objetivo de construir galpões industriais para locação. Com experiência na construção de indústrias, centros de distribuição e prédios comerciais de alto padrão - segundo consta no site da companhia, já foram construídos mais de 5 milhões de metros quadrados - a primeira incursão da divisão de engenharia na área de infraestrutura foi a construção do Estaleiro Rio Grande, iniciada em 2007, no porto de Rio Grande (RS).

Segundo fontes do setor, naquela ocasião, a empresa se deparou com as dificuldades típicas de um projeto desse porte. Daí - além do potencial promissor desse setor no Brasil - o interesse da WTorre em buscar um sócio com experiência na área. O estaleiro foi vendido para a Engevix e a Funcef, no início de junho, por R$ 410 milhões.

Fonte: Valor Econômico

O Brasil tem muito por construir: 23,1 milhões de moradias até 2022

O déficit habitacionalo do país é estimado em 7,2 milhões de moradias. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas para a Fiesp, para chegar em 2022 com a eliminação total das residências precárias e de coabitação - famílias dividindo a mesma moradia -, serão necessários investimentos de 3,2 trilhões de reais na construção de 23,1 milhões de residências.

Veja aqui o estudo completo encomendado pela Fiesp.

Fonte: Fiesp
 

Interlagos: Potencial para crescer

Eleni Trindade/Jornal da Tarde
Daniel Teixeira/AE

Com muitos terrenos disponíveis e o desenvolvimento da infraestrutura local – transporte público, comércio e serviços –, Interlagos tem um mercado imobiliário potencialmente valioso. Localizado entre as represas Billings e Guarapiranga, este bairro da zona sul da capital paulista tem boa parte do território protegido pela lei de zoneamento ambiental, por ser próximo dos mananciais. Mas ainda assim há muito espaço para receber novos empreendimentos.


Bairro teve um desenvolvimento imobiliário expressivo em 4 anos

"O bairro é extenso, pois engloba os distritos de Campo Grande, Pedreira e Jurubatuba, e tem infraestrutura que atende às necessidades da população, o que valoriza cada vez mais a região", diz Fábio Rossi, diretor de Marketing da Itaplan Imóveis e diretor de Lançamentos do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Na avaliação dele, a localidade teve um desenvolvimento imobiliário expressivo nos últimos 4 anos. "Pode-se atribuir o crescimento à facilidade de acesso à região, que é feito pela Marginal Pinheiros, Avenida Interlagos e Avenida Miguel Yunes, entre outras vias. Além disso, há a vantagem de ainda ser possível encontrar grandes terrenos disponíveis", explica.

Hoje, o número de lançamentos imobiliários ainda é baixo quando se comparado a outros bairros da cidade – de acordo com o departamento de Economia do Secovi-SP, nos últimos 36 meses (janeiro de 2008 a dezembro de 2010) foram lançados 103 unidades em Interlagos, enquanto o Morumbi registrou cerca de 9 mil unidades neste período. Mas, segundo fontes do setor imobiliário, a região atrai cada vez mais investimentos em condomínios residenciais.

Bairro residencial

A Itaplan, por exemplo, lança em 2011 três empreendimentos de padrão médio para alto no bairro, são apartamentos de 2 e 3 dormitórios com vista para a Guarapiranga. "Na planta, cada um custa de R$ 190 mil a R$ 500 mil, depende do tamanho e da infraestrutura de lazer", afirma Rossi.

"O fato de a região ter oferta de transporte como trem metropolitano, vias ampliadas e comércio atraem a atenção de compradores que são, na maioria, jovens casais e famílias pequenas, que trabalham na região das Avenidas Berrini, Faria Lima e Santo Amaro e do Aeroporto de Congonhas e desejam fácil acesso."

O gerente de incorporações da Atua Construtora, Hugo Louro, destaca que após os lançamentos inúmeros imóveis pequenos, a região agora é alvo de empreendimentos maiores e de alto padrão. "Essa maior divisão de segmentos tem a ver com a proximidade do bairro ao eixo valorizado da Marginal Pinheiros", explica ele. "Temos um terreno no bairro que está em fase de aprovação para um empreendimento residencial e deve ser lançado em agosto deste ano."

De acordo com o gerente da construtora, a área ainda não é muito verticalizada e, mesmo com os lançamentos previstos, tem tudo para manter as características residenciais. "Novas construções na proximidade do autódromo, que é uma referência em Interlagos, não são permitidas, o que garante a preservação de áreas com residências."

Minoru, ex-Abyara, une-se ao BTG Pactual

Daniela D’Ambrosio - Valor On-Line

Crédito Foto: Daniel Wainstein / Valor
Em evidência pela aquisição do Panamericano, o BTG Pactual - sem alarde - faz movimentos estratégicos também em outras áreas. A agressividade característica do banco já marca a sua presença no mercado imobiliário. Longe dos holofotes, no ano passado, registrou R$ 4 bilhões em fundos imobiliários e arrematou os endereços mais cobiçados de São Paulo e do Rio. Agora, aposta no improvável mercado residencial, segmento que não costuma atrair os bancos. Para comandar a área, elegeu Celso Minoru Tokuda, nome familiar para quem entende do ramo imobiliário.

Minoru fez fama como corretor e foi um dos fundadores da Abyara, empresa que não resistiu à crise e terminou nas mãos da Veremonte, do espanhol Enrique Bañuelos. Embora sua empresa tenha tido um fim trágico - Minoru não recebeu praticamente nada pela venda e tenha sido a primeira a quebrar-, ele continuou sendo, sempre, muito respeitado pelo mercado. É conhecido pela habilidade na compra de terrenos e pelo que chama de inteligência imobiliária: nos anos 80 e 90 criou e difundiu novos conceitos de produtos.

Sua ida para o BTG Pactual acontece justamente pela brecha deixada por outro empresário do setor, que também viu sua empresa sucumbir ao elevado endividamento. Oscar Segall, um dos fundadores da Klabin Segall - que foi comprada pela mesma Veremonte - entrou no BTG Pactual em meados do ano passado. E acaba de se desligar do banco. De acordo com fontes do setor, está indo para Miami, onde deve morar e cuidar de transações imobiliárias. De ascendência tradicionalíssima - Oscar é neto do pintor e escultor Lasar Segall e bisneto de Mauricio Klabin, fundador da fabricante de papéis Klabin - o ex-empresário pretende aproveitar o network selecionado e o conhecimento do mercado.

Segundo o Valor apurou, ao contrário de Segall, que tinha uma posição executiva, Minoru será sócio do banco. O desenho da sociedade ainda não está concluído e o segmento residencial será um braço da área de asset management do banco. Procurados, BTG Pactual e Minoru Tokuda não se pronunciaram sobre o assunto.

Segundo fontes, a plataforma residencial fará parceria com incorporadoras e o capital para financiar os projetos deve vir tanto dos fundos, quanto do próprio banco. A área, cuja equipe está sendo montada, inclui também salas comerciais de pequeno porte - febre do setor nos últimos dois anos.

Dos quatro fundos imobiliários que o BTG registrou na CVM e do quinto que está em análise, pelo menos dois estão diretamente ligados ao negócio residencial. Há fundos de desenvolvimento imobiliário e permutante, que investe em terrenos (residencial ou comercial) para fazer permuta com as incorporadoras por unidades autônomas dos empreendimentos. O valor total da oferta de cada fundo, ou seja, quanto o banco espera captar, é de R$ 1 bilhão.

Se a área residencial ainda é embrionária, no segmento comercial o banco está bastante ativo. Comprou 50% do Ventura, um dos mais modernos edifícios corporativos do Rio. Adquiriu em parceria com o grupo Malzoni, parte do edifício que pertencia à Brookfield, em um dos endereços mais cobiçados da Avenida Faria Lima. Com conclusão prevista para o fim deste ano, será a sede do banco. O banco, segundo o Valor apurou, estuda a aquisição de outros ativos e pretende ampliar sua atuação na área de galpões logísticos.

O BTG Pactual também comprou duas torres do Complexo JK, da construtora WTorre, além de 40% de participação em um terreno próximo ao shopping Morumbi, em São Paulo, onde será erguido edifício comercial de 96 mil 2.

Você tem pilhas, baterias, celulares, carregadores lotando suas gavetas?

PROJETO E-LIXO MAPS

Com o projeto “e-lixo maps”, uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Instituto Sergio Motta, o acesso das pessoas aos locais que coletam e/ou reciclam o “e-lixo” fica muito mais fácil. No site - http://e-lixo.org - , inserindo o CEP e o tipo de “e-lixo” que você precisa descartar, é possível encontrar todos os locais mais próximos de sua casa que recebem e reciclam esse tipo de resíduo eletrônico. Com o “e-lixo maps” ficará mais fácil para a população encontrar uma destinação correta e ecológica para seu lixo eletrônico.

“E-lixo maps” associa a plataforma do Google Maps com um Banco de Dados dos postos de coleta de “e-lixo” em São Paulo. Dessa forma, a informação fica disponível e pode ser visualizada de forma mais funcional e lúdica. O Banco de Dados do projeto contem um conjunto inicial de postos de coleta e contará com o cadastramento contínuo de novos estabelecimentos. Caso o seu estabelecimento não esteja participando, cadastre-se aqui.

O impacto ambiental de centenas de milhares de computadores, baterias de celulares, incontáveis milhões de CDs e DVDs que são descartados todos os dias é enorme. Não se pode negar os ganhos que a informatização e as telecomunicações agregaram à sociedade nas últimas décadas, mas também não se pode ignorar a emergência de pensar de forma criativa e crítica sobre o impacto do e-lixo na vida cotidiana do planeta.

Mais informações: http://e-lixo.org

A natureza agradece!

Jaime Lerner: Sing a song of sustainable cities

Quem conhece Curitiba, sabe que a mobilidade urbana e a sustentabilidade da cidade são exemplos de sucesso mundial, replicados em diversas localidades.
O idealizador desse modelo de gestão governamental foi o arquiteto, ex-Governador do Paraná e ex-Prefeito de Curitiba, Sr. Jaime Lerner. Esse post - de uma palestra realizada por ele - é um exemplo a ser seguido. Um governante competente e cidadão consciente.

Sam Zell busca negócios na área hoteleira


 Foto-imagem Folha

Por Carolina Mandl e Daniela D'Ambrosio
Fonte: Valor On-Line

A Bracor, que tem como sócios o megainvestidor americano Sam Zell e a família real de Abu Dhabi, finaliza a venda de todo seu portfólio e sai em busca de negócios na área hoteleira no país. No fim de janeiro, a companhia anunciou a venda de 30 de seus 45 imóveis à Prosperitas, por R$ 2,2 bilhões. Os demais estão sendo negociados com outros investidores.

A venda dos ativos da Bracor é emblemática: indica que Zell acredita que os preços dos imóveis no Brasil estão perto de seu ponto máximo. "Decidimos vender porque achamos os preços pagos excepcionais", afirma Thomas McDonald, chefe de estratégia da Equity Internacional, empresa de Zell que participa da Brascor.


FII - Retorno médio alcançou 26,7%

O Ano foi excelente para esse tipo de investimento; fundos renderam até 59,6% e bateram a maioria das demais aplicações financeiras


Quem investiu em fundos imobiliários em 2010 não tem do que reclamar. Segundo um levantamento do consultor Sérgio Belleza Filho, especializado no assunto, esse tipo de aplicação gerou um retorno médio de 26,7% no ano passado - contra apenas 9,75% do CDI (taxa de juro de mercado que funciona como principal patamar de referência para investimentos em renda fixa). O fundo mais rentável de 2010 gerou um lucro de 59,6%. A pesquisa incluiu 25 fundos imobiliários com cotas negociadas na BM&FBovespa ou no mercado de balcão organizado. Todos eles oferecem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas sobre os ganhos apurados com aluguéis desde que o investidor não seja dono de mais de 10% das quotas. Para calcular o retorno de cada fundo, o consultor somou a oscilação das quotas negociadas no mercado com as receitas de aluguel geradas pelo empreendimento. Sérgio Belleza Filho diz que a valorização imobiliária extraordinária do ano passado influenciou nos altos retornos obtidos pelos investidores, mas não deve se repetir nos próximos anos. O foco dos interessados em aplicar nesses fundos, portanto, deve estar na renda gerada pelo imóvel. São atraentes, segundo ele, investimentos em que seja possível obter uma renda com aluguel equivalente a ao menos 0,8% ao mês.

Continental Square Faria Lima foi o melhor, com 59,6% em um ano

Administrado pela BR Capital, esse fundo, que tem quotas na BM&FBovespa negociadas sob o código FLMA11, detém parte do empreendimento conhecido como Continental Square Faria Lima. Entre aluguéis distribuídos e valorização das quotas, o investimento deu um retorno de 59,6% no ano passado, o maior da indústria. Apesar do nome, o imóvel não está localizado na avenida Faria Lima, mas na rua das Olimpíadas, no coração da Vila Olímpia, em São Paulo. O fundo é dono de 75% do hotel cinco estrelas Caesar Park e de 18 conjuntos de escritórios de uma torre comercial. As 135 suítes do hotel foram arrendadas, e a remuneração do fundo varia de acordo com a receita operacional gerada pelos quartos. O imóvel foi construído pela Inpar e não foi um sucesso instantâneo. Os escritórios comerciais sempre foram uma fonte segura de rendimentos, mas o hotel nunca gerou a mesma rentabilidade para o fundo e só recentemente o produto virou o queridinho do mercado. Além de ter chegado caro ao mercado, o desempenho foi inicialmente atrapalhado pelo atraso nas obras da ampliação da av. Faria Lima. Mas a sorte virou nos últimos anos, quando as obras na av. Faria Lima e na rua das Olimpíadas foram concluídas. Para arrematar a boa maré, a construção do shopping Vila Olímpia aumentou a atratividade da região, que, em breve também deve ganhar mais um shopping, o Iguatemi. Esse boom explica, porquê muitas grandes empresas têm se mudado para o bairro, o que aumenta o potencial de atração de hóspedes para o hotel e a chance de ocupação dos escritórios. Ou seja: um círculo virtuoso, ainda com muitas perspectivas de ganhos pela frente.

A cidade de São Paulo está em obras

João Sandrini
Portal Exame.com

Quem investe em imóveis para locação não tem do que reclamar do ano de 2010. Apenas 2,3% das áreas disponíveis para aluguel em edifícios de alto padrão estão desocupadas, segundo consultoria realizada por uma das maiores do mundo na área imobiliária. Para que não houvesse pressão sobre os preços, seria necessário que cerca de 7% dos escritórios estivessem vazios. As empresas à procura de áreas para se instalar foram obrigadas a aceitar um reajuste médio de 17% nos valores de locação no ano passado (isso já descontada a inflação). O principal problema da cidade foi a falta de lançamentos. Apenas 25.500 metros quadrados de escritórios de alto padrão foram entregues em 2010 - contra uma absorção de 119.500 metros quadrados no período. Esse cenário tende a mudar radicalmente neste ano, quando devem ser colocados no mercado de locação cerca de 230.000 metros quadrados em imóveis corporativos de excelente nível na cidade de São Paulo. Em 2012 e 2013, está prevista uma nova enxurrada de entregas. "O novo inventário com previsão de entrega para os próximos três anos atenderá não só a demanda reprimida como também a necessidade de empresas de médio porte", diz a Colliers. Tanto que a consultoria prevê aumentos discretos no valor dos aluguéis neste ano e no próximo e estabilização a partir de 2013.

Com fábrica, Hyundai encabeça o 'momento Piracicaba'

Fonte: IG Notícias
Por Patrick Cruz, de Piracicaba (SP)

A Hyundai terá em Piracicaba sua primeira fábrica própria na América do Sul. (Está em operação em Anápolis [GO], desde 2007, uma montadora de veículos da marca, mas a unidade pertence ao grupo CAOA, distribuidor dos carros da empresa coreana no Brasil). O projeto consumirá mais de R$ 1 bilhão em investimentos, valor que inclui os aportes que serão feitos também pelas empresas que serão fornecedoras do complexo automobilístico.

A previsão é que os primeiros modelos comecem a sair da linha de montagem no fim do primeiro semestre de 2012, segundo José Antonio de Godoy, secretário de Governo da prefeitura municipal. Um novo modelo de veículo hatch, batizado, até o momento, de HB – e desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro –, será fabricado na cidade.
Não é de se desprezar o impacto que o investimento de uma montadora internacional causa sobre a cidade escolhida para a empreitada, mas a relevância de Piracicaba precede o projeto coreano. O município é a terra natal da Cosan, o maior produtor de etanol do mundo, e da Dedini, especializada na montagem de projetos de usinas de açúcar e álcool combustível. Entre várias outras grandes empresas, a Caterpillar, fabricante de máquinas e veículos pesados, tem uma unidade no município, na qual trabalham quase seis mil pessoas. É também em Piracicaba que fica a Esalq, da Universidade de São Paulo (USP), um dos principais centros de pesquisa agrícola do País.
O investimento da Hyundai é a cereja do bolo de um cenário de crescentes investimentos privados, segundo os mandatários da cidade. “Estamos vivendo o ‘momento Piracicaba’”, diz Pedro Luiz da Cruz, secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura. “E está tudo ligado à energia limpa”. Piracicaba é um dos principais centros produtores de cana do País. Quatro empresas com raízes na cidade apresentaram ao município nas últimas semanas planos de expansão – seus nomes não foram revelados. Também o shopping center local faz as contas para dobrar de tamanho.

"Piracicaba está formando um cinturão de investimentos com Campinas, com muitas empresas coreanas", diz Bruno De Luca Drago, sócio do Demarest & Almeida, um dos principais escritórios de advocacia do País (a distância entre as cidades é de 70km). A demanda fez com que o escritório - que tem unidades em São Paulo, Campinas, Brasília, Rio de Janeiro e Nova York, além de representantes em mais quatro capitais - decidisse abrir uma unidade no município, que ficará pronta em março. Já está com o Demarest & Almeida o processo de abertura de uma agência de viagens coreana, que atenderá os emigrados que estão por mudar para Piracicaba.

Se o cronograma for cumprido, a fábrica piracicabana da Hyundai entrará em operação calibrada para produzir 150 mil veículos por ano. Novos modelos serão adicionados à linha de montagem com o passar dos anos – está prevista, por exemplo, uma versão 1.6 do ainda inédito HB, que nascerá para competir com o Gol, da Volkswagen, e o Palio, da Fiat.



Seong-Bae Kim, presidente da Hyundai no Brasil: silêncio sobre o investimento

Há quem diga que o entusiasmo com o investimento da montadora se transformou em megalomania. Às vésperas da chegada da comitiva da montadora ao município, circulou o rumor de que a empresa estaria preparando a criação de uma "Hyundainópolis" em Piracicaba, um colosso em torno da fábrica que teria hospital, escolas e sistema de transporte próprios. E não seria uma cidade-satélite qualquer, segundo a boataria: ela teria capacidade para 250 mil pessoas, número que representa mais de dois terços da população atual de Piracicaba, de pouco mais de 360 mil habitantes.

Na versão do poder público, a tal Hyundainópolis seria apenas balão de ensaio para a valorização dos terrenos que ficam próximos da fábrica. De Seong-Bae Kim, presidente da Hyundai no Brasil, não se sabe a versão: o comandante da empresa que está a cargo do investimento em Piracicaba não quis falar sobre investimento. Ao iG, preferiu ressaltar as diversas frentes para "estreitar os laços de amizade" com a cidade, como o jogo entre XV de Piracicaba e Jeonbuk Hyundai, e a importância do município na atuação global da companhia.

Na fase de obras da fábrica, já há cerca de 150 coreanos em Piracicaba. Quando a unidade entrar em operação, serão 43 os profissionais trabalhando diretamente na produção dentro da Hyundai, que ficarão com a função de coordenadores (o número de profissionais coreanos chegará perto de 100 se forem contados também os empregados das fornecedoras, segundo o secretário José Antonio de Godoy). Todas as outras tarefas serão entregues à mão de obra local. Em 2013, prevê-se que o complexo terá quatro mil trabalhadores.

Moura Dubeux vai além dos prédios de luxo

Murillo Camarotto | Do Recife

Lançado em 2005 pelo guru sul-coreano W. Chan Kim, o livro "A Estratégia do Oceano Azul" teve notável reconhecimento ao ensinar como tornar irrelevante a concorrência por meio do desbravamento de novos mercados, batizados pelo autor de "oceanos azuis". Um entre os muitos fãs da obra, o empresário pernambucano Marcos Roberto Moura Dubeux encontra nos mantras de Kim a melhor definição para o sucesso da construtora que leva o seu sobrenome. Fundada há 27 anos por seu pai e tios, a empresa vai faturar pelo menos R$ 750 milhões em 2011, ano em que ingressará no setor siderúrgico.


Afora as teorias do guru, a trajetória da Moura Dubeux passa, de fato, por uma relação próxima com o mar. A empresa tem como principal cartão de visita a Avenida Boa Viagem, onde ficam os apartamentos mais valorizados do Recife, de frente para a praia de mesmo nome. Fundada pelos irmãos Marcos, Gustavo e Aluísio, os três engenheiros, a construtora ergueu boa parte dos luxuosos edifícios residenciais da avenida, e hoje vislumbra a trilha de gigantes nacionais surgidas no Nordeste, como Odebrecht e Queiroz Galvão.

Apenas cinco anos mais velho do que a empresa, Marcos Roberto, filho de um dos fundadores e hoje conselheiro, conta que o negócio começou pequeno, em tempos em que o crédito imobiliário privado praticamente não existia no Nordeste. Naquele cenário, os irmãos Dubeux começaram a viabilizar empreendimentos em sistema de condomínio fechado, pelo qual os únicos investidores são os futuros moradores do prédio.

O modelo progrediu beneficiado pelo fato de o Recife ser a segunda menor capital do Brasil em área geográfica, à frente apenas de Aracaju. "A verticalização era inevitável", comentou o executivo, em entrevista ao Valor, concedida no 13º andar do Empresarial MD (Moura Dubeux), de onde se avista o oceano azul.

Sem o dinheiro do mercado de capitais, a Moura Dubeux priorizou a expansão dos seus negócios pelo Nordeste

Durante as duas primeiras décadas, a construtora se concentrou em empreendimentos de alto padrão, que continuam sendo o carro-chefe da operação, com cerca de 65% do faturamento. Hoje, contudo, a empresa também tem uma atuação importante no segmento de baixa renda, no qual atua sob a marca Vivex, criada em 2006, quando o crédito privado já brotava, mesmo que ainda tímido, no setor.

Entre os principais mandamentos do "oceano azul" consta a inovação permanente, que Marcos Roberto garante estar no DNA da construtora. Talvez tenham surgido daí polêmicas como a que envolveu a construção de duas torres de alto luxo no cais Santa Rita, no centro do Recife, onde prevalecem as construções antigas. Não foi pequena a grita contra o projeto, que ficou um bom tempo emperrado nos tribunais, chegando, inclusive, a ter contestada a validade do leilão no qual foi adquirido o terreno. "Esse assunto já nasceu morto", desconversa o executivo.

Um dos moradores ilustres das torres é o senador e duas vezes governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), apontado por fontes locais como o preferido dos Moura Dubeux na política local. Marcos Roberto garante, entretanto, que as relações da família com a política são meramente institucionais. O mais próximo que chegam de algum cargo majoritário é a presidência do Sport Club do Recife, ocupada desde o fim do ano passado por Gustavo José Moura Dubeux.

Como típica empresa familiar, a Moura Dubeux mantém o mesmo CNPJ desde a fundação. E foi para preservar essa "tradição" que seus donos desistiram de abrir o capital na época em que várias construtoras brasileiras foram buscar dinheiro na bolsa. "Chegou uma hora em que o mercado passou a pedir ofertas muito volumosas para dar liquidez, e aquilo significaria para nós uma diluição muito grande [da participação]", relembra Marcos Roberto. "Ouvi de um banqueiro que bolsa de valores é como Mario Bros: você tem vidas. A cada vez que você faz um follow on [oferta pública], perde uma vida", comparou.

Sem o dinheiro do mercado de capitais, a Moura Dubeux priorizou a expansão dos negócios pelo Nordeste. Por meio de parcerias com investidores financeiros, levou seus prédios para Natal (RN), Fortaleza (CE), Maceió (AL) e Salvador (BA). Em 2007, passou a fazer financiamentos em parceria com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), mesmo ano em que o outro oceano se abriu no horizonte.

De olho no potencial do porto de Suape, a construtora adquiriu uma área de 15 milhões de m2 contígua ao ancoradouro. O objetivo era abrigar e atender com soluções de infraestrutura as empresas classificadas no linguajar portuário como de terceiro nível, ou seja, de pequeno e médio porte e voltadas ao fornecimento de produtos e serviços às indústrias que ficam mais próximas ao mar.

Diante do vulto do projeto, investimento superior a R$ 1,5 bilhão, o grupo decidiu abrir uma nova companhia, batizada de Cone SA, abreviação de Condomínio de Negócios. Já como empresa constituída, a Cone recebeu um aporte de R$ 500 milhões do Fundo de Infraestrutura gerido pela Caixa Econômica Federal (FI-FGTS), que passou a deter participação próxima de 33% no capital. A Cone, porém, está aberta a receber novos sócios.

Tentando explicar o novo negócio em poucas palavras, Marcos Roberto disse tratar-se de uma empresa de soluções em infraestrutura. No caso de Suape, a Cone irá oferecer desde o modelo de áreas sob encomenda (build to suit) até galpões multiuso, além de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Também haverá instalações para escritórios, com hotéis e centros de convenções e de compras. "Queremos ser a maior do Brasil nesse setor", diz o executivo, que já pensa em uma atuação nacional.

E foi na ânsia de povoar as áreas adquiridas que a Cone acabou entrando no setor siderúrgico. Convidado a integrar o conselho de administração, o ex-principal executivo da LLX, Ricardo Antunes, convenceu o grupo siderúrgico Trasteel, com sede na Suíça, a desembarcar em Suape. Para acelerar o fechamento do acordo, a Cone decidiu entrar no negócio. A empresa ficará responsável por toda a infraestrutura e será remunerada com uma participação minoritária na Companhia Siderúrgica de Suape (CSS), projeto de R$ 1,5 bilhão.

"No decorrer das negociações, a gente analisou a viabilidade da CSS e viu que era um bom investimento, além do que queríamos acelerar a decisão disso. Mas nosso objetivo sempre foi atrair uma nova cadeia para a região", explicou Marcos Roberto, antes de revelar o desejo da empresa em permanecer no setor siderúrgico. "Sem dúvida que é um bom negócio. Tem escala e demanda e queremos ficar."

Ele também não descarta a possibilidade de a Cone ser sócia de outros projetos, desde que tragam alguma nova cadeia produtiva para Suape. Os setores de alimentos, varejo, eletrônicos, têxtil, energia eólica, armazenagem e logística estão entre os potenciais candidatos a ampliarem o oceano azul da Moura Dubeux.

Ampliação do aeroporto de Viracopos deve ser concluída somente em 2015

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) lança hoje, 02/02/2011, o edital para a contratação do projeto de ampliação do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Serão construídos uma nova pista e um segundo terminal de passageiros, que vão elevar a capacidade do aeroporto para 9 milhões de passageiros por ano - hoje são 5 milhões. A estatal promete entregar pelo menos 25% da obra em novembro de 2013, sete meses antes da Copa 2014.


O anúncio foi feito horas depois de o Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (Consema) conceder a licença ambiental prévia para o início da obra. A autorização foi aprovada por unanimidade, logo na primeira reunião do conselho no mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na gestão anterior, de José Serra (PSDB), ela ficou parada por dois anos na Secretaria de Estado do Meio Ambiente - a pasta chegou a colocar 18 ressalvas para a liberação do empreendimento.

Considerada estratégica para absorver a demanda do setor aéreo, a expansão de Viracopos também é fundamental para São Paulo realizar seu plano de sediar a abertura da Copa. O projeto inclui também a construção de um pátio de aeronaves, edifício-garagem de quatro andares e hotel com centro de convenções. O valor total da obra é estimado em R$ 823 milhões.

A ampliação já vinha sendo discutida desde 1997, mas indefinições sobre os impactos ambientais e as disputas políticas entre a prefeitura de Campinas, o Estado e a União dificultavam uma decisão definitiva. O projeto anterior, abandonado em 2007, previa a desapropriação de 16 mil famílias e recebeu críticas dos moradores. Em seu lugar foi feita a proposta atual, que deve retirar 593 famílias de uma comunidade rural de origem suíça, além de 8,71 hectares de vegetação nativa de numa Área de Proteção Permanente.

Crescimento. Durante o período em que o imbróglio esteve pendente, o aeroporto cresceu em importância e viu seu movimento quintuplicar entre 2008 e 2010. Viracopos é hoje o 12.º maior aeroporto do País em número de passageiros e opera vôos regulares para cidades como Frankfurt, Paris e Lisboa. Mesmo a uma hora do centro de São Paulo, ele virou a principal base de operação da Azul Linhas Aéreas e tem servido de alternativa a companhias aéreas quando os aeroportos de Congonhas, na capital, e Cumbica, em Guarulhos, fecham por condições climáticas adversas.

Os planos da Infraero incluem explorar o potencial internacional do terminal e transformar Viracopos no maior hub (terminal de conexões) da América Latina. Isso ajudaria a desafogar Cumbica, que opera acima da capacidade. Para tanto, a Infraero conta com o interesse de várias companhias internacionais, que consideram as condições meteorológicas de Viracopos muito favoráveis e querem aproveitar que a nova pista de pouso e decolagem será independente da primeira - o que diminuiria o tempo de espera das aeronaves.

O prazo para concluir o projeto de engenharia, orçado em R$ 44,6 milhões, é de 24 meses após a assinatura do contrato com a empresa que ganhar a licitação. Mas, para agilizar o processo, a Infraero vai começar a executar as obras durante esse período, realizando etapas intermediárias assim que cada parte do projeto estiver concluído. A previsão é que o aeroporto esteja pronto em 2015. "Queremos transformar Viracopos no grande terminal da região metropolitana de São Paulo", avisa o diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Barreira.

Panorama do mercado imobiliário na última década

Portal VGV
01.02.2011

Entender o mercado imobiliário e sua história é fundamental para qualquer profissional do ramo que queira melhorar seus conhecimentos e, assim, crescer profissionalmente. Para os empresários entenderem este segmento, que na última década obteve grandes conquistas e notável desempenho, o PQE (Programa Qualificação Essencial) do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) promoverá um encontro com Celso Petrucci, economista-chefe, diretor do Sindicato e titular pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) no Conselho Curador do FGTS, na quinta-feira, 10/2, às 9h30, na sede da entidade.

Intitulada "Balanço do Mercado Imobiliário 2001-2010 – A Década da Retomada", a apresentação mostrará as principais mudanças que transformaram o setor nos últimos anos e as perspectivas futuras. Além disso, serão apresentadas estatísticas recentes de lançamentos residenciais, de comercialização, de financiamento habitacional e dados gerais sobre o desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.

O evento é destinado a empresários, advogados, economistas, contadores, gerentes e demais profissionais do campo econômico e empresarial pertencentes ao setor imobiliário. Para informações e reservas os interessados deverão ligar para (11) 5591-1304.

Com nova incorporadora, João Fortes acessará mercados do interior do Rio

Valor
01.02.2011

A João Fortes Engenharia planeja crescer no interior do Estado do Rio. Para isso, adquiriu a Pinheiro Pereira, uma incorporadora de Niterói, município da Região Metropolitana do Rio, mas que tem forte atuação em áreas estratégicas do Estado, como Búzios, Cabo Frio ou Itaboraí, onde está sendo construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

A Pinheiro Pereira participa atualmente de projetos com um volume geral de vendas de R$ 650 milhões. Disso, R$ 380 milhões, cabem somente a ela. A incorporadora tem ainda mais oito lançamentos, dos quais seis neste ano, também com VGV R$ 380 milhões.

Luiz Henrique Rimes, diretor nacional de negócios da João Fortes, explica que a estratégia da sua construtora não é crescer de forma acelerada para todo o país. "Não acreditamos que o nosso negócio permita isto. É um negócio que depende de feeling, de conhecimento de mercado", explica. Hoje, a João Fortes já atua nas cidades do Rio, de Salvador e de Brasília.

Segundo Rimes, por isso houve a aquisição da Pinheiro Pereira. "É uma empresa que conhece as praças do interior. Conhece os terrenos e a forma com que negociam a venda, que é diferente daqui", diz o diretor. Segundo ele, lá o vendedor de terrenos tem que confiar na empresa, não faz negócio com quem não conhece. Por isso, a gestão da incorporadora continuará sob a responsabilidade do sócio-diretor, Cláudio Acyr, que é fundador e gestor da empresa há 25 anos.

Rimes conta que a incorporadora já fez parcerias com grandes construtoras como a Cyrela, a MDG ou Klabin-Segal. "Ela está no topo do ranking do Rio e varia entre o segundo e o terceiro lugares, dependendo do período".

A João Fortes pagou R$ 20 milhões por 100% da Pinheiro Pereira, mas dois sócios remanescentes receberam ações da construtora. As duas empresas têm perfil de investimentos comuns, ambas constroem imóveis residenciais e comerciais para a alta e média renda. "Mas não somos restritivos, onde houver uma boa oportunidade de negócio, faremos".

Rede Windsor anuncia 2 hotéis no RJ e chegada a SP até 2014

A rede Windsor, principal grupo hoteleiro do Rio, pretende entrar no mercado paulista até a Copa de 2014.
Segundo Paulo Marcos Ribeiro, diretor de marketing do grupo, São Paulo e Brasília são os principais planos de expansão fora do Rio de Janeiro. "Ainda não há nada fechado, mas estamos negociando. O mercado de São Paulo está agora regularizado e voltou a ser atraente. É um local onde você não pode deixar de ter sua bandeira presente", disse Ribeiro. Assim como os demais hotéis da rede, a ideia é focar no viajante a negócios. Ribeiro afirma que a localização mais atraente hoje é a região da Berrini. O grupo é dono de dez hotéis no Rio - na zona sul, no centro e na Barra da Tijuca (zona oeste).

        
 

O dono do grupo é o espanhol José Oreiro, que já foi dono de bingos e da famosa boate Help, ícone da prostituição na orla carioca da década de 1990 até ser demolida em 2010 para dar lugar no futuro ao Museu da Imagem e do Som. Um dos diferenciais da rede é que ela não somente administra os hotéis como investe na aquisição e na reforma de edifícios. Foi o caso do antigo Le Méridien, inteiramente remodelado e parcialmente reaberto desde o fim do ano passado com o nome de Windsor Atlântica, de frente para a praia do Leme.
 
Até o Carnaval, o hotel deve operar a plena capacidade, com 545 quartos. Anteriormente, o prédio pertencia ao fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ).

Em cerimônia com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o grupo anunciou ontem a construção de dois novos hotéis na Barra da Tijuca. Com os novos investimentos, o grupo chegará a 4.000 quartos na cidade.

Além disso, o grupo é proprietário do edifício Serrador, no centro. O prédio tradicional foi um hotel de luxo até a década de 1970, onde funcionou a boate Night and Day. Após a revitalização, faz parte do seleto grupo de edifícios comerciais de luxo no centro do Rio. Ele foi alugado para receber as empresas de Eike Batista.
Fonte: Folha.com por JANAINA LAGE