Os bairros mais valorizados de São Paulo

Praça Pereira Coutinho - Vila Nova Conceição

São Paulo - Para uns, a valorização dos imóveis em São Paulo é uma questão de boom. Outros defendem que o termo certo é bolha. Embora não haja consenso para explicar o fenômeno, o certo é que os preços vem trilhando uma inquestionável trajetória de alta. Segundo o índice FipeZap, uma parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o site Zap Imóveis, o valor do metro quadrado subiu 79% nos últimos três anos.

O diretor de marketing do Zap Eduardo Schaeffer reconhece que o percentual é significativo. Mas refuta que o movimento guarde semelhanças com a escalada que precedeu a crise nos Estados Unidos. "Até o início de 2008, o valor do metro quadrado em São Paulo não condizia com a importância da cidade, ficando muito abaixo de lugares como Rio de Janeiro e Cidade do México", diz.

Schaeffer explica que ainda que o afrouxamento no crédito imobiliário tenha impulsionado a entrada de novas pessoas no mercado imobiliário - aumentando a demanda e, por consequência, os preços – o percentual de imóveis financiados é baixo em relação ao PIB. A crença, portanto, é que ainda dá para crescer de maneira sustentável.

Confira, a seguir, o preço do metro quadrado nos bairros mais caros de São Paulo

Jardim Paulistano
Comportando um importante centro financeiro da cidade, o Jardim Paulistano é predominantemente ocupado por famílias de classe alta. Perto das famosas avenidas Paulista e Faria Lima, edifícios comerciais e residenciais galgam degraus cada vez mais altos na escalada imobiliária. Além do Shopping Iguatemi, sedes de corporações como Telefonica e Bank of America também localizam-se na região. Quem decide morar por ali, paga em média 12.578 reais pelo metro quadrado. Entre os endereços mais valorizados estão as ruas Tucumã, Fréderic Chopin, Seridó e Franz Schubert.

Vila Nova Conceição
Localizado dentro do distrito de Moema - dono do mais alto IDH de São Paulo -, a Vila Nova Conceição combina imponentes prédios residenciais com uma boa porção de área verde. A proximidade com o parque Ibirapuera atraiu as construtoras a partir da década de 90. O resultado apareceu sob a forma de edifícios classe AAA, vendidos a cifras milionárias. Segundo o índice da FipeZap, o valor médio do metro quadrado na região é de 7.397 reais. Especialistas ressalvam, contudo, que em lugares como a praça Pereira Coutinho esse preço já supera os 20.000 reais

Itaim-Bibi
No passado, a região sofria com a inundação do rio Pinheiros. Usados para lazer dos ricos proprietários, os grandes terrenos foram então divididos em lotes pequenos, que passaram às mãos dos imigrantes italianos. O perfil imobiliário foi mudando pouco a pouco, mas as cheias do rio, não. A virada aconteceu nos anos 90, depois que investimentos públicos contiveram as inundações e colocaram a região na mira das construtoras. Com ruas ultravalorizadas, como a Fernandes de Abreu, e um parque inaugurado em 2008, a média do metro quadrado na Chácara Itaim já bate em 13.000 reais.

Texto Exame.com